Enviada em: 02/10/2017

A partir da Era Vargas, grande parte da população rural migrou para as cidades em função das indústrias que lá se estabeleceram. Atualmente, cerca de 70% das pessoas vivem em meio urbano. Contudo a vida nos grandes centros proporciona vários desafios, dentre eles a questão da mobilidade urbana. Nesse sentido, nota-se que há uma combinação de fatores que fazem do ir e vir uma luta diária dos cidadãos urbanos.       Primeiramente, é necessário ressaltar quão inviável o transporte público se tornou. Falta de segurança; baixa qualidade estrutural; superlotação e aumento exorbitante das tarifas são somente alguns exemplo da fragilidade do transporte coletivo. Prova disso foram as manifestações civis ocorridas em 2013, onde um dos motivos de protesto foi justamente os "vinte centavos".       Ademais, a "população de carros" cresce assustadoramente a cada ano. Não só o mau funcionamento do transporte público, como também a ascensão da classe média influenciaram os cidadãos em adquirir o transporte individual. Segundo o Denatran, a frota de carros no Brasil dobrou em somente dez anos. Entretanto, essa alternativa de se locomover torna o trânsito ainda mais caótico uma vez que as cidades não foram planejadas para suportar tamanho fluxo de veículos.       Fica claro, portanto, que medidas precisam ser tomadas a fim de solucionar o impasse urbano. O Primeiro Setor, como poder executivo, poderia redirecionar parte dos impostos arrecadados para melhorar qualidade do transporte coletivo em quesito de segurança e estrutura principalmente. O Estado deveria também contar com a iniciativa privada para tanto. Outra possibilidade é a mídia - uma vez que é meio de comunicação em massa - estimular o menor uso dos veículos, através de campanhas publicitárias em horários de maior audiência. Talvez dessa forma, a mobilidade urbana deixará de ser um dos problemas das cidades brasileiras.