Enviada em: 26/09/2017

Nos países em desenvolvimento, a industrialização e a urbanização ocorreram mais rapidamente somente depois da 2º Guerra Mundial (1939-1945), o que causou um crescimento acelerado das metrópoles brasileiras, da população e consequentemente uma metropolização (concentração da população nas grandes cidades). Em virtude disso, há uma série de problemas que interferem diretamente na vida em sociedade. Assim, é necessário uma maior atenção nas questões sobre mobilidade urbana, como em quesitos econômicos, ambientais e sociais.     Desde o Governo JK (Juscelino Kubitschek) implementou-se um processo de crescimento econômico por meio de multinacionais, da industria de base, dos setores de energia e, principalmente, do setor automobilístico. Desse modo, criou-se uma política rodoviária no país, a qual gerou um número maior de investimentos no transporte individual em detrimento de outras formas de locomoção. Esse processo ocasionou um planejamento equivocado da malha urbana que promoveu um aumento e uma desordem no trânsito causando grandes congestionamentos, a poluição (sonora e visual) nas metrópoles brasileiras e problemas de saúde pública.   Essa malha de veículos abarca o espaço urbano de forma heterogênea, a qual favorece uma segregação socioespacial e uma má qualidade no serviço de transporte público. Segundo o estudo do Instituto de Pesquisa Aplicada (Ipea) para os 10% mais pobres da população, o gasto com o transporte corresponde a 13,5% da renda familiar, enquanto que para todos os níveis de renda equivale a 3,4%. Apesar desse gasto, essa população, principalmente das periferias da cidade, sofre com a falta de qualidade desse serviço que não possui a mínima infraestrutura com segurança e conforto tendo seus direitos de ir e vir violados pela negligência pública. E como consequência disso ocorre a superlotação dos ônibus e dos metros e a longa espera nos pontos de parada, além dos usuários estarem propícios à violência psicológica, física e moral.      A constituição brasileira sobre mobilidade urbana deveria assegurar os direitos do cidadão, entretanto não é oque ocorre. Por isso, é necessário uma maior fiscalização por parte do Estado, a partir  da cobrança e da punição sob empresas e concessionárias avaliadas como insuficientes pelos usuários, a qual não garante o direito do indivíduo de qualidade e segurança. Ademais, é essencial uma melhoria no transporte coletivo por parte das empresas, as quais devem garantir o conforto e a estrutura necessária do veículo para toda a população. E por fim, é de suma importância que haja uma diminuição da poluição gerada pelos combustíveis fósseis através de incentivos a meios de transportes sustentáveis por parte da mídia em parceria com ONGs voltadas para o direito do cidadão.