Quando ,em 1910 , o americano Henri Ford começou a produzir carros em massa, esses só podiam ser comprados pela parcela mais abastada da população e eram dificilmente vistos nas ruas . Hoje , entretanto, o automóvel tornou-se acessível para grande parte das pessoas e está presente na maioria das cidades do Brasil e do mundo, o que influi diretamente nas dificuldades de locomoção dos grandes centros. Nesse sentido ,é necessário analisar os fatores que contribuem para a existência dos desafios da mobilidade urbana no Brasil. Em primeiro lugar , por conta da má qualidade dos serviços de transporte público -marcados pela superlotação e desconforto-, muitas pessoas optam por veículos particulares. Prova disso são os dados do Observatório das Metrópoles,que mostram que, de 2002 a 2012, a quantidade de automóveis no Brasil mais que dobrou .Além disso, com o incentivo ao consumismo ,por meio de propagandas ,o carro torna-se símbolo de status e prestígio social, e faz-se sonho de consumo de grande parte da população. Outrossim ,o pouco investimento em infraestrutura nas cidades impede um melhor desenvolvimento urbano do país. Dessarte ,por conta da má sinalização e iluminação das vias ,dos buracos nos asfaltos e dos altos índices de violência, os grandes centros não estão capacitados para suportar o fluxo desordenado de carros, motos e ônibus.Nesse cenário , tem-se um trânsito cada vez mais caótico e com engarrafamentos quilométricos , que causam prejuízo tanto à economia quanto ao meio ambiente e à qualidade de vida dos indivíduos. Torna-se evidente ,portanto ,que a mobilidade urbana ,no Brasil, passa por uma crise,e medidas exequíveis são necessárias.O governo deve ,primeiramente,investir mais na melhoria, eficiência e expansão do número de transportes públicos ,além de aumentar a quantidade de ciclovias e ciclofaixas nas cidades e baratear o valor de bicicletas . A mídia ,por sua vez , deve promover campanhas e discussões que veiculem os benefícios dos esquemas de rodízio e do uso de bicicletas para a locomoção.