Enviada em: 27/09/2017

Atualmente, não raro, observa-se através das mídias, televisivas ou sociais, que o Brasil vem enfrentando diversos problemas com relação à mobilidade urbana. Problema que persiste intrinsecamente ligado à realidade do país, seja pela falta de planejamento na construção das cidades, principalmente as grandes metrópoles brasileiras, seja pela crescente escolha da população de classe média em optar por um transporte individual.  Mormente, o crescimento desordenado das cidades, fruto da revolução industrial, influenciou diretamente no atual cenário do país. Segundo o relatório "Estado das cidades da América Latina e Caribe'', 80% da população latino-americana vive em centros urbanos e 14% habita metrópoles como São Paulo e Cidade do México. Sob tal ótica, é indubitável que o crescimento exponencial sofrido pelas metrópoles não foi acompanhado de políticas públicas de infraestrutura e desenvolvimento dos setores rodoviário e ferroviário adequadas para o novo cenário.  Além disso, é cabível enfatizar que segundo Jean-Paul Sartre, filósofo francês, o ser humano é livre e responsável, cabe a ele escolher seu modo de agir. De maneira análoga, é possível afirmar que muitos indivíduos insatisfeitos com o transporte público acabam optando pelo transporte individual, aumentando ainda mais uma situação já caótica. Assim, além de aumentarem o número de veículos das rodovias, acabam influenciando diretamente em alguns problemas ambientais, como o aquecimento global e a poluição sonora.  Infere-se, portanto, que medidas são necessárias para resolver o impasse. Sendo assim, cabe ao governo federal investir na melhoria das rodovias, ampliando o número de faixas, principalmente nos centros urbanos, além da ampliação das ciclovias, no intuito de estimular a população a fugir dos engarrafamentos e estimular a prática de atividade física. Ainda cabe ao governo investir no transporte público, ampliando sua frota, no intuito de proporcionar maior conforto aos passageiros, além de diminuir consideravelmente o número de carros nas rodovias. Ademais, o governo deve ampliar a malha ferroviária, tendo em vista o país de proporções continentais que é o Brasil.