Enviada em: 27/09/2017

O Brasil dos automóveis    Relativo aos desafio da mobilidade urbana no Brasil, é válido salientar que o elevado número de veículos nos grandes centros urbanos provoca elevada poluição, que junto aos engarrafamentos constantes contribuem para uma vida estressante. Além disso, alternativas como os transportes coletivos, que deveriam ser a solução, não apresentam fluidez e estão muitas vezes superlotados.    A introdução de fato dos automóveis no Brasil ocorreu na década de 1950 com a vinda de multinacionais deste setor. Com isso o investimento público ficou voltado para o modal rodoviário por muito tempo, em detrimento dos outros meios de transporte. Assim sendo, essas medidas se refletem nos dias atuais, pois, segundo uma pesquisa divulgada pelo jornal El Pais, em 2016, mostrou que entre as metrópoles mais importantes do mundo, São Paulo é a que possui a menor extensão em linhas de metrô.    Outro fato a ser considerado é que além da falta de variedade há pouca qualidade nos transportes coletivos. Os ônibus que muitas vezes não são pontuais, superlotação nos horários de pico e passagens caras, por exemplo. E o fator agravante é que isso ocorre na maioria dos grandes centros do país.    Dessa forma, as pessoas que possuem veículos próprios, preferem usa-lo ao invés do transporte público. Isso agrava muito o problema da poluição, já que ônibus, trens e metrôs têm capacidade para dezenas ou centenas de passageiros, e os carros apenas 4 ou 5 pessoas. Além disso, torna o engarrafamento mais caótico, fazendo os motoristas ficarem tensos com a lentidão, o que muitas vezes pode levar a violência no trânsito.    É necessário, portanto, algumas medidas do Estado para amenizar o problema. Primeiramente os transportes coletivos devem receber mais investimentos para que se melhore a disponibilidade e a qualidade deles e façam as pessoas desejarem usá-los. Em segundo lugar, está a criação de ciclovias, já que as bicicletas ajudam a diminuir a poluição atmosférica e a melhorar a qualidade de vida das pessoas.