Enviada em: 13/10/2017

O Brasil e um país de extensões continentais, assim era de esperar que possuísse uma diversificada cadeia de transportes. No entanto, a mobilidade principalmente nos centros urbanos representa severo desafio, haja vista a pouca variabilidade nos meios de condução, somada à insegurança das grandes cidades.       Quando Juscelino Kubitschek no final da década de 50 investiu pesado no setor rodoviário visando o setor automobilístico ele acabou por inviabilizar a diversidade dos meios de transportes nas cidades. Isso deveu-se o fato que à industria de automóveis precisou escoar sua produção, gerando um efeito cascata que favorecia os carros enquanto meios de transporte de massa como os trens eram deixados de lado, sendo novamente inseridos mais tarde como tentativas de diminuir o caos urbano, oque ocasionou inchaço na malha urbana.       Outro favor que promove a dissonância no sistema urbano de transportes é a insegurança. Segundo a NTU, Associação Nacional de Transportes Urbanos, 17 cidades computam mais de 50.000 assaltos a ônibus coletivos, mas não apenas assaltos são responsáveis por essa sensação de insegurança, pois o crescente número de mulheres vitimas de violência de cunho sexual no transporte público também aumentou, em pesquisa divulgada pela organização internacional de combate à pobreza ActionAid 86% das mulheres brasileiras ouvidas sofreram assédio em  transporte público em suas cidades. Isso acaba por estimular a compra de veículos particulares aumentado o bagunça no transporte das cidades.       Frente ao exposto, faz-se necessária uma ação imediata para resolução desses empasses. Compete as secretarias municipais e estaduais de transporte criar campanhas de estimulo ao uso do transporte público como o metrô, evidenciando que deixar o carro em casa pode economizar-lhe horas no trânsito. Cabe as universidades realizarem pesquisas nas linhas mais violentas das cidades, observando o horário das ocorrências e o tipo de crime então enviar esses dados à secretária de segurança das cidades para que o policiamento seja reforçado nesses pontos. Ademais, cabe à sociedade criar campanhas nas redes sociais evidenciando as vantagens de se andar no transporte coletivo ou adotar outras meios como a bicicleta, explanando os benefícios a saúde assim como na qualidade de vida no meio urbano.