Enviada em: 28/09/2017

Sabe-se que o incentivo ao rodoviarismo brasileiro se deu no governo de JK no século XX, com o objetivo de atrair indústrias automobilísticas. No entanto, com o passar dos anos, o que era pra ser um avanço político-econômico do país, se tornou um caos, tendo em vista as ocorrências de engarrafamentos e problemas de saúde ligados a esse contexto. Sendo assim, faz-se necessária a análise desse quadro caótico.  Em primeiro lugar, é importante explorar como essa situação afeta o cotidiano das pessoas em âmbito de saúde. De acordo com o epidemiologista Carlos Dora, doenças como obesidade, câncer e diabetes são muitas vezes, causadas pelo sedentarismo que é gerado pelo uso constante de automóveis.  Dessa forma, percebe-se como o incentivo ao sistema de transporte utilizado pode afetar a saúde dos usuários.  Outra preocupação constante, é a falta de incentivo e investimento do governo em veículos alternativos como a bicicleta. Segundo a arquiteta e urbanista Lucimar Cardone, as ruas de cidades como São Paulo estão voltadas para o automóvel e há vias em que os ciclistas não conseguem circular com segurança. Sendo assim, o uso de bicicletas se torna inviável e dessa forma, o aumento do número de carros se dá progressivamente, aumentando o caos e o engarrafamento.  É imprescindível, portanto, a mudança na conduta do governo. Para isso, é necessário que ele, na figura do Ministério das Cidades invista na construção de novas ciclovias, por meio da utilização dos impostos pagos pela população, a fim de incentivar os cidadãos na utilização de bicicletas. O governo deve ainda promover a divulgação dos problemas de saúde acarretados pela alta utilização de automóveis, por intermédio do Ministério da Saúde juntamente com a mídia, através de palestras engajadas no assunto realizadas em locais públicos como teatros, escolas e praças. Somente assim, o governo garantirá o progresso do país e transformará o problema em solução.