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Enviada em: 01/10/2017

A partir de 1956, através do seu projeto desenvolvimentista, o presidente vigente Juscelino Kubitschek deu início à expansão do automobilismo brasileiro. Logo, resultou no aumento expressivo da quantidade de veículos individuais e, por conseguinte, nos desafios de conviver com a crise da mobilidade urbana. Diante disso, percebe-se que tal crise representa um problema, na contemporaneidade, e deve ser discutida e solucionada.         Em primeiro lugar, é válido destacar a motivação da problemática. Inicialmente, a raiz do problema se dá na herança histórica rodoviarista brasileira, em que as rodovias foram ampliadas, em detrimento das ferrovias. Afinal, tal ampliação resultou na preferência por modais de transporte individuais, que perpetua até hoje e é incentivada por diversos fatores, como a redução de impostos na compra do veículo, o aumento da renda do brasileiro, a má qualidade dos transportes coletivos e o imediatismo das grandes cidades. É válido salientar que o aumento da renda é uma das principais motivações, devido a acessibilidade na compra dos veículos, que deixou de ser um privilégio.         Em segundo lugar, é necessário discutir o sucesso do problema. Entre 2002 em 2012,  segundo o Observatórios das Metrópoles, enquanto a população cresceu 12%, a quantidade de veículos aumentou cerca de 138%. Diante do exposto, é visível que a superlotação se reflete como um dos principais efeitos de tal crise, gerando os congestionamentos, que atrapalham a livre circulação de pessoas e automóveis. Outrossim, o inchaço urbano de veículos gera problemas socioambientais ligados, principalmente, a poluição, que interfere no clima, agrava as ilhas de calor e diminui a expectativa de vida da população exposta.            Portanto, fica claro que a crise da mobilidade representa uma problemática e deve ser resolvida. Para isso, o Estado, através da melhoria dos meios de transportes de massa e do aperfeiçoamento do Estatuto das Cidades, com enfoque na qualidade dos deslocamento, deve incentivar o uso dos meios coletivos e melhorar a mobilidade. Ademais, a escola, através de projetos e palestras para pais e alunos, deve incentivar o uso de meios alternativos ,como a bicicleta, a fim de reduzir a poluição, os engarrafamentos  e aumentar a expectativa de vida. Tais medidas devem ser tomadas a fim de atenuar  os desafios da mobilidade e, finalmente, gerar uma maior qualidade de vida urbana.