Enviada em: 02/05/2018

Em divergência ao Barroco Mineiro - movimento artístico financiado pelo Ciclo do Ouro - o Brasil hodierno se caracteriza pelo descaso social com a produção artística.Consoante Aristóteles,a política serve para garantir a felicidade aos cidadãos,porém,tal conceito se encontra deturpado no país,seja pela ausência de investimentos na cultura,seja pelo ineficiente combate ao preconceito enraizado.   A formação educacional brasileira apresenta traços do Darwinismo Social, no qual os indivíduos mais ricos são os que mais evoluem,pois o ensino artístico nas escolas públicas é caracterizado pela baixa carga horária semanal e pela carência de infraestrutura.Nesse contexto,também interfere negativamente a ausência do Teatro do Oprimido - método que visa o acesso das camadas sociais menos favorecidas.Logo,a Constituição Cidadã apresenta discrepância entre a teoria e a realidade,visto que há uma desigualdade educacional profunda entre os setores da população.   Segundo Talcott Parsons,a família é uma máquina que produz personalidades humanas,assim,pais transmitem prejulgamentos nocivos aos filhos.De maneira análoga a Semana de Arte Moderna de 1922,na contemporaneidade nacional,frequentemente,expressões artísticas são hostilizadas por significativa parcela da sociedade - vide os movimentos de Grafite e Hip-Hop oriundos da periferia.Assim,comumente reportagens evidenciam atos de intolerância,como a censura da exposição Queermuseu.    Convém,portanto,que as instituições cooperem para alavancar a produção artística nacional.Desse modo,são necessários projetos pelo Ministério da Educação que introduzam nas escolas,aos finais de semana ,aulas de dança,de teatro e de pintura.Ademais,cabe ao Governo Federal criar campanhas publicitárias e debates televisivos - embasados na Cultura de Paz - para conscientizar a população sobre a importância do respeito as diferentes manifestações de arte.Com essas medidas,talvez,a profecia de Zweig,autor do livro ''Brasil,um País do Futuro'',torne-se realidade.