Enviada em: 04/05/2018

Os desafios da produção artística no Brasil tornaram-se algo muito relevante ultimamente, uma vez que, em 2017, comemora-se 30 anos do Dia do Grafite no Brasil. Entretanto, esse e outros tipos de arte vivem um período de baixa produção em seus vários aspectos, o que compromete a noção de cidadania na sociedade e suas ideias. No entanto, deve-se analisar o papel da Indústria Cultural e o desinteresse da população na formulação dessa problemática.     Em uma primeira análise, é importante pontuar os efeitos da Indústria Cultural nessa tema. Isto é, de acordo com os intelectuais da Escola de Frankfurt, esse termo é desenvolvido para denominar o modo de produzir cultura no mundo capitalista, por meio de propagandas, visando sobretudo o lucro. Ao seguir essa linha de pensamento, percebe-se que o padrão cultural brasileiro se encaixa nessa ideia; haja vista que, nos bastidores a mídia muito é manipulada em função dos interesses sociais de uma pequeno grupo de pessoas, as quais impõe padrões comportamentais e psicológicos que acabam por alienar a população atingida. Em razão disso, o poder de criação das pessoas é manchado, impedido o florescimento de ideais e expressões culturais e artísticas do seu contexto.     Adjacente a isso, é fundamental ressaltar como o desinteresse da população colabora com a manutenção desse quesito. Vale sempre lembrar, que em todo período da humanidade, a produção artística sempre teve um papel fundamental no desenvolvimento das épocas. Contudo, atualmente, o que se pode observar é uma sociedade cada vez mais consumista e individualista, onde os assuntos sociais e ambientais são deixados de lado em prol da satisfação pessoal e material. Em virtude disso, esse desinteresse acaba provocando uma certa "pobreza" cultural e artística, sendo que esse conhecimento é fundamental para promover a abertura dos olhos para problemas muito maiores que norteiam a esfera social, como a corrupção, a criminalidade, a preservação da natureza ou da saúde, por exemplo.     Portanto, é imprescindível que haja uma parceria entre a escola e o governo para mitigar essa questão. Logo, cabe às instituições educacionais a realização de palestras com antropólogos e seus professores de história da arte que enfatize tanto a produção artística local quanto a nacional e a internacional, além de demonstrar a importância desses traços para o desenvolvimento social da nação e a sua preservação, visando desviar o aluno da Indústria Cultual. Ademais, é dever do Ministério da Cultura a promoção de eventos frequentes de âmbito nacional que reúna artistas de todos os Estados brasileiros e de diferentes aspectos, com premiação e valorização das artes em diferentes setores, para que a arte seja estimulada novamente no país como em períodos anteriores e que a representação da nossa nação apareça como obra do próprio povo brasileiro.