A arte busca algo que dê identidade ao ser humano e o marque como essência e não apenas existência. É o instrumento para expressar o desejo, é a forma de criar mundos imaginários, é a transformação do meio material pela paixão do artista, é o reflexo do ser humano. O século XX é dividido em dois grandes momentos artísticos: a arte moderna e a arte contemporânea. Os movimentos artísticos do período moderno eram propostas estéticas inéditas e questionadoras, por isso causaram estranhamento e a aceitação das pessoas não foi imediata. Atualmente esses movimentos são entendidos como grandes revoluções artísticas e os artistas da época grandes gênios da arte. Em meio ao turbilhão de novas ideias desse período, surgiram discussões sobre o objetivo da arte. Aparece então, a arte contemporânea com uma proposta conceitual, nela a arte é considerada interessante quando consegue unir prazer intelectual e estético. No atual contexto brasileiro, o artista representa sua essência como ser pensante e argumentador através da técnica: esculturas, quadros, poemas, livros, músicas, artes urbanas, pichações ou grafites. Suas criações protestam de maneira inteligente e sutil, problemas que assolam a sociedade e muitas vezes representam sua própria condição social ao enxergarem visibilidade pela ocupação do cenário coletivo. Dessa forma, surgem as barreiras entre o público e a arte contemporânea, pois não existe senso comum, já que pessoas diferentes podem compreender a mesma obra de maneiras distintas. Sendo necessárias medidas que respeitem a cultura como um direito fundamental para a plena constituição da cidadania. O ministério da cultura em parceria com o ministério da educação podem implantar projetos que incentivem os jovens de comunidades a se expressar em concursos ao ar livre e agregar à grade curricular matérias que trabalhem o poder da arte para combater as desigualdades sociais e transformar as cidades em espaços mais humanizados. Pois podar a liberdade de expressão é apagar a cultura.