Enviada em: 26/06/2017

Segundo Georg Hegel a arte é uma representação que nos conduz a uma realidade diferente do nosso cotidiano. Essa manifestação é um fenômeno social em constante evolução que reflete o sentir do mundo do indivíduo, suas alegrias e angústias, seus problemas e esperanças em seu momento histórico. Nesse contexto, nota-se a subjetividade do que é ser um artista e com isso todas as dificuldades em ser reconhecido como tal na sociedade brasileira.       Com uma produção artística cada vez mais democratizada a arte caminha para se afastar da ideia de algo restrito a pequenos públicos para encontrar novas formas de circulação e exibição. Dessa forma , produzir e ser reconhecido nesse meio no Brasil não é uma tarefa fácil, pois além da quantidade crescente de artistas existe o preconceito por grande parte da população do que é a arte, com muitos ainda acreditando unicamente no conceito do belo difundido por Platão.      Ademais, essa problemática passa por questões de incentivo a produção artística. Apesar de em 2011 ter sido aprovada a Lei Orgânica da Cultura, visando a valorização e a promoção da diversidade artística, nem todos os produtores tem acesso a este subsídio, e com isso esses novos artistas têm que lidar com a falta de visibilidade de suas produções, sem o reconhecimento tanto financeiro quanto da própria notoriedade de sua arte.           Para Oscar Wilde a arte é a forma mais intensa de individualismo que o mundo já conheceu,  portanto, em sua essência subjetiva. Logo devem ser tomadas medidas para democratizar de forma efetiva o entendimento e acesso à produções de artistas nacionais. Dessa forma, a base dessa democratização passa pela escola com uma reformulação na grade curricular do ensino das artes. Outra vertente, refere-se ao Poder Executivo no acesso igualitário aos incentivos financeiros à cultura e também às ONG's com a organização de exposições coletivas como alternativa para novos produtores serem apresentados a grande massa.