Enviada em: 26/06/2017

No período ditatorial, a arte brasileira enfrentou uma forte censura que culminou na proibição de várias manifestações culturais como o carnaval. Atualmente, apesar desse momento histórico ter sido superado, diversos desafios ainda são enfrentados pela produção artística nacional. Isso ocorre, principalmente, por fatores educacionais e econômicos.     Em primeira análise, as ferramentas para o reconhecimento de obras e o conhecimento prévio sobre arte são muitas vezes negligenciados pelas instituições de ensino, visto que ocorre, por meio dessas, incentivo apenas para a preparação dos alunos para concursos. Nesse contexto, observa-se resistência dos jovens em buscar essa produção artística em museus e teatros por se considerarem incapazes de compreender o material exposto nesses locais. Outrossim, o público juvenil também encontra dificuldade em localizar a arte no cotidiano, como nos filmes e grafites urbanos.         Além disso, embora a Lei Rouanet esteja em vigor desde 1991 e garanta o investimento em projetos culturais de domínio público, pouco se tem feito por parte do Executivo e empresas independentes. Desse modo, apenas uma parte da população tem acesso integral às manifestações artísticas, contribuindo para a elitização da arte. Outro fator que contribui para essa problemática é o alto custo do ingresso em locais de exposição e de realização de espetáculos culturais.        É notório, portanto, que a arte nacional, historicamente, atravessa por dificuldades, tanto no que se refere a sua compreensão quanto na sua disseminação. Dessa maneira, é necessário que o Ministério da Educação e Cultura estimulem os alunos e cobrem dos professores o ensino de artes nas escolas, a fim de que haja um maior interesse por parte dos alunos. Ademais, é preciso que a iniciativa privada em parceria com as prefeituras municipais promovam peças teatrais e oficinas com entrada franca, de modo a haver uma maior democratização das produções artísticas.