Enviada em: 26/06/2017

A produção artística tem se tornado cada vez mais democratizada no Brasil, como vemos, por exemplo, na abertura de novos cursos ligados à arte em universidades públicas, na adoção do ensino da arte em escolas, na oferta de eventos artísticos à população, ou seja, houve um aumento de políticas púbicas de incentivo ao mundo da arte. No entanto, ainda existe um caminho muito árduo entre o ato de fazer arte e ser reconhecido,que está ligado intrinsecamente à realidade do Brasil, seja pela insuficiência de leis, seja por falta de incentivo do governo, seja pela ausência de um conforto financeiro por parte desses profissionais artísticos.    É indubitável que a Constituição Federal de 1988 garante a todos, em seu artigo 5º, a livre expressão artística. Entretanto, o Estado não fomenta políticas públicas suficientes para valorizar e promover a diversidade artística como é o caso do grafite, indo contra os preceitos da Carta Maior. Como exemplo, a prefeitura de São Paulo mandou apagar todos os desenhos realizados pelos grafiteiros, alegando que o grafite não pode ser considerado uma manifestação cultural para efeitos de proteção. Com tamanho absurdo, nota-se a importância da efetivação das leis e da elaboração de projetos que contribuam para inserção social desses artistas, integrando, assim, pessoas com realidades tão diferentes.    Outrossim, destaca-se as péssimas condições de trabalho e a precária remuneração pela qual vivem esses artistas que lidam, muitas vezes, com a falta de visibilidade. Sendo esta essencial para o reconhecimento financeiro e para a notoriedade artística. Essa problemática está presente há anos, como evidencia-se no triste fim de Van Gogh, pintor pós-impressionista, cujo o seu trabalho, dotado de beleza e emoção, não foi reconhecido durante sua vida. Assim, necessita-se  do incentivo do poder público na distribuição e difusão da criação artística, além de investimentos na formação técnica e criativa para a área.    Entende-se, portanto, que os problemas enfrentados pelos produtores artísticos no Brasil é fruto da fraca eficácia das leis e da insuficiência de recursos públicos dedicado ás manifestações culturais. Afim de amenizar o problema, o Governo, através do Ministério da Cultura,deve elaborar um plano de implementação de espaços artísticos como museus, teatros, criação de ambientes para exposição de quadros e esculturas de artistas locais e de outros lugares, principalmente nas áreas que mais necessitem,além de tentar difundir as diferentes manifestações artísticas por meio de emissoras abertas de televisão, como forma de estímulo ao conhecimento e valorização das diferentes obras artísticas do Brasil. Dessa forma, o caminho percorrido por esses artistas brasileiros em busca de reconhecimento se tornará cada vez menos árduo.