Enviada em: 29/06/2017

Com o fim da idade média, por volta do século XIV, o movimento europeu renascentista esteve intrínseco a explosão artística. Desde então, a arte se tornou inata ao desenvolvimento dos centros urbanos. Com a república, o Brasil progrediu de maneira mais evidente nessa área, a exemplo do surgimento do grafite na década de 80. Todavia, seja pela falta de incentivo a prática das artes, seja pela postura política do Estado, não se vê a continuidade no progresso artístico brasileiro.      É indubitável que a falta de incentivo esteja entre as causas do problema. No movimento renascentista, a explosão artística se deu pela atitude dos mecenas: ricos comerciantes que financiavam artistas como Leonardo da Vinci. Em contraste, no Brasil Hodierno, não se vê esse incentivo de forma efetiva pelo governo, que deveria ser o mecena do século 21. Logo, o processo de formação e produção artística no Brasil se constitui de forma ineficaz.        Outrossim, têm-se a postura de representantes políticos como um entrave para o progresso das artes. O atual prefeito de São Paulo, João Dória, por exemplo, decretou que seria apagado diversos painéis de grafite da cidade e, não bastasse isso, restringiu essa arte para locais específicos: os grafitódromos. Dessa forma, descaracterizando não só a capital paulista – conhecida como o centro mundial do grafite – mas também “calando” os produtores desse movimento que, em sua maioria, são jovens oriundos das periferias que encontraram na arte uma forma de conseguir atenção e voz ativa dentre a sociedade.         Evidencia-se, portanto, que os desafios encontrados pelas artes são furtos da ineficiência política do país. É indispensável que, por meio da esfera legislativa, seja elaborado programas de incentivo a pequenos artistas, a fim de incentivar esse momento brasileiro. Além disso, deve ser sancionada, também por via legislativa, leis federais que impossibilite ações como a de Dória, a fim de garantir não só a preservação do patrimônio artístico brasileiro, mas também da liberdade de expressão dos manifestantes. Dessa forma, notar-se-ia um eficaz progresso artístico no Brasil.