Enviada em: 28/10/2017

A arte sempre esteve presente na vida humana. Prova disso são os vestígios deixados desde a pré-história. Nesse contexto, ela era expressa através de pinturas nas paredes das cavernas, que em sua maioria retravam o cotidiano. No contemporâneo, a arte ainda está intrinsecamente presente no meio social. Não obstante, no Brasil, a sua produção encontra grandes impasses, por conta do precário suporte estatal. Coexistente a isso, as obras de vanguarda como Monalisa, de Leonardo da Vinci e O Grito, de Edvard Munch, que possuem maior destaque, estão em museus internacionais, dando força ao mito de brasileiro de que a arte é algo exclusivamente intelectual.     Em primeiro plano, é relevante apontar que a arte permite explicar o indizível, como disserta o filósofo Friedrich Nietzsche em sua obra “A aurora”, as palavras possuem limitações diante da dimensão realidade. Nessa perspectiva, a arte aparece com sua notável grandiosidade sob a linguagem. Motivo esse de sua exímia importância na construção social. É mister que a população consiga uma maior afinidade com as manifestações artísticas e entender que toda obra possui um contexto, uma técnica, um código e um objetivo. Seja ela uma performance, uma tela, uma escultura etc.     Sob esse viés, deve-se abordar ainda o papel fundamental do governo no incentivo à arte. A escassez de recursos destinados a produção artística é um fator limitante desse bem necessário. A cidade de São Paulo, por exemplo, é referencia em arte urbana, aonde por meio do grafite os artistas conseguem expressar sua indignação e embelezar a paisagem com ilustrações monumentais. O pouco auxílio governamental dado a essa área, reforça preconceitos já preexistentes sob esse tipo de arte. Frente a isso, o grafite se materializa como prova de que a arte não está apenas nos museus.       Torna-se evidente, portanto, os desafios da produção artística no brasil. Sendo assim, é primordial que os ministérios da cultura e da educação trabalhem paralelamente na criação das Olimpíadas de Artes das escolas públicas, semelhante ao que ocorre com outras disciplinas, abordando temas de cunho social, e premiando o vencedor, a fim de incentivar a produção artística nacional. Ademais, urge que as mídias digitais, como Facebook e YouTube, preconizem a importância da arte para a humanidade, por meio da publicidade. Assim, poder-se-á formar uma sociedade com a criticidade aguçada e capaz de compreender a arte em toda sua complexidade.