É indubitável que a produção artística é constante alvo de opressões, revoltas e configurações inferiorizantes no Brasil. Desde a época da Grécia Antiga, quando o segmento social expressava suas indignações contra o Governo por meio de pichações e, por conseguinte, o modo de protesto era visto pelas autoridades, o impasse persiste, entretanto, nos dias atuais, diversas formas de arte são expressas por meio de produções artísticas. Pode-se perceber, portanto, que as raízes históricas e ideológicas dificultam essa questão de ser resolvida. Considerando-se a vasta miscigenação de raças e localidades originárias na constituição do povo brasileiro, é de grande percepção e naturalidade que a nação, atualmente, abrigue extensa pluralidade em relação as expressões artísticas, visto que essa técnica é praticada de maneira progressiva no âmbito social tupiniquim. Crê-se que tais atos de discriminação e críticas contra pinturas e grafites provenha da insipiência ao diferente, uma vez que a sociedade devido a falta de informação está cada vez mais menosprezando as expressões e cultuando a ideia de que esse tipo de arte é um ato de vandalismo. Ademais, é importante salientar que durante a Ditadura Militar no Brasil, houve as primeiras manifestações artísticas contra o modelo de governo, e foi a partir desses protestos que pichações de oposição começou a progredir nas cidades brasileiras. Convém, dessa forma, ao Ministério da Cultura entremeado com o Estado de cada região e com uma parcela dos impostos estaduais, fornecer palestras ao tecido social sobre as diversas formas de produções artísticas no Brasil, para que as pessoas estejam cientes de que a liberdade de expressão através da arte não é caracterizada como vandalismo e sim como forma de protesto. Além disso, a disciplina de Artes nas instituições de ensino deve debater esse assunto com artistas que praticam o grafite e outras pinturas, afinal o conhecimento é essencial para que críticas ofensivas não sejam ditas em vão, só assim o impasse pode ser resolvido.