Enviada em: 17/08/2018

A força do sistema econômico capitalista levou a sociedade a seguir um caminho que não prioriza a preservação e as alternativas sustentáveis. Nos últimos anos, o consumo, a industrialização e o desenvolvimento impossibilitaram a visão ampla das implicações das ações humanas na natureza, considerando apenas o benefício próprio e imediato dos indivíduos. Nesse sentido, há grandes desafios na relação entre o homem e o meio ambiente os quais representam um risco à saúde humana e ambiental, podendo citar: o excesso da produção de lixo e sua má destinação e o avanço da fronteira agrícola que causa o desmatamento e degradação das florestas tropicais. Em primeira instância, o Brasil apresenta grande dificuldade de lidar com o destino de 71,3 milhões de toneladas de lixo produzidas anualmente, fazendo com que cerca de 40% seja enviado aos lixões e aterros controlados. Esse descarte inapropriado possibilita que a decomposição da matéria orgânica a céu aberto que gera o caldo chorume, contamine o ecossistema e os lençóis freáticos, facilitando a propagação de doenças e a eutrofização dos rios. Dessarte, o estímulo ao consumo nos dias hodiernos colabora nas implicações naturais causadas pelo homem, que não tem a devida preocupação com o meio natural e não garante que as gerações futuras tenham acesso ao mesmo recurso. Somado a isso, para o filósofo norueguês Arne Naess, a sociedade deve pensar sobre as necessidades de longo prazo do meio ambiente como um todo, pois garante o bom convívio entre o homem e a natureza dentro da sustentabilidade. Contudo, o anseio por dinheiro e crescimento econômico viabiliza o desmatamento de florestas, como a Amazônia, por meio do avanço agropecuário, da agricultura e da mineração, sem qualquer plano de manejo ou políticas de reflorestamento. Desse modo, a devastação  além de impactar a fauna e flora mundial, acirra conflitos de terra e emissão de gases do efeito estufa. Infere-se, portanto, que o Estado brasileiro ainda padece de políticas efetivas que protejam o meio ambiente, e, devido o consumo e o grande anseio por riquezas, apresenta relações conturbadas com a natureza. Sendo assim, é imprescindível que ONG's como a Greenpeace e WWF, pressionem o governo para a aprovação de leis que obriguem o uso sustentável das florestas e melhores práticas agropecuárias, a fim de reduzir o desmate ilegal e sem medidas de manejo. Além disso, que o Estado invista na melhor aplicabilidade da Política Nacional de Resíduos Sólido (PNRS), por meio de destinação de verbas para formação de aterros sanitários adequados e processos de incineração, ampliando serviços de coleta e tratamento do lixo, com o intuito de evitar a contaminação dos lençóis freáticos pelo chorume e diminuir a contaminação de doenças. Somente assim, o Brasil minimizará seus desafios entre o homem e o meio natural e garantirá a sustentabilidade.