Enviada em: 07/10/2018

O geógrafo Milton Santos em sua teoria "Globalização Perversa", defendeu que a ascensão do sistema capitalista foi sinônimo de avanço e facilidade na vida da humanidade, entretanto trouxe consigo consequências irreversíveis, o que ele denominou como o lado perverso da referida revolução econômica. Atribui-se à globalização a depredação do meio ambiente pelo homem, uma vez que esse enxerga a natureza como fonte para o enriquecimento financeiro. Acerca do exposto, é imprescindível a análise acerca de como a ambição humana por dinheiro aliada ao método de educação ofertado nas escolas, tristemente, corroboram uma cultura que não valoriza suas raízes naturais, cada vez mais suscetível a presenciar o fim de recursos vitais advindos da natureza.    Mormente, não há dúvidas de que a ambição do homem é fator primordial para a persistência da te-mática. Isso se dá porque o sistema capitalista selvagem que rege a nossa sociedade obriga o ser humano a não medir esforços para a obtenção de lucro. De acordo com o sociólogo Karl Marx em seu livro "O Capital", o advento do capitalismo foi responsável por transformar radicalmente as relações so-ciais e mudar o comportamento do homem frente às oportunidades de enriquecimento. Sob tal ótica, as ações antrópicas, no século XXI, degradam o meio ambiente e a natureza, de modo a ameaçar a vida dos seres vivos de forma exacerbada, uma vez que essa depende de recursos naturais para o bem-estar e a sobrevivência.    Outrossim, destaca-se o atual método de aprendizagem oferecido nas escolas brasileiras como agen-te responsável pela destruição da natureza e difícil relação entre o homem e o meio ambiente. Confor-me defendeu Paulo Freire em sua obra "Pedagogia do Oprimido", a educação infanto-juvenil que é, ho-diernamente, ofertada nas escolas é tida como uma educação bancária - em que é visado apenas à memorização de conteúdos de forma mecânica - e pouco prepara os cidadãos para a vida. Nesse ínte-rim torna-se perceptível que professores e mestres não concedem uma educação libertadora e não en-sinam os alunos sobre a tamanha importância da preservação do meio ambiente e, assim, não desper-tam o senso crítico nos alunos acerca da depredação de recursos necessários à manutenção da vida.    Urge, portanto, medidas capazes de resgatar o meio ambiente das más ações antrópicas. Para tal, compete ao Poder Legislativo promover a justiça, por intermédio da tipificação das degradações à natu-reza como crime hediondo, a fim de garantir que nenhum cidadão destrua os recursos naturais existen-tes. Ademais, cabe ao Ministério da Educação conscientizar os indivíduos enquanto jovens, por meio da criação de uma disciplina nas escolas que ensine, exclusivamente, formas de preservação e cuidados à natureza. Logo, a relação entre o homem e o meio ambiente estar-se-á mútua.