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Enviada em: 30/10/2018

Apesar de possuir um dos 10 maiores PIBs e de representar uma potência econômica da América Latina, o Brasil dispõe de impasses graves intrínsecos ao tecido social. A relação entre o homem e o meio ambiente se configura, muitas vezes, como um problema a ser enfrentado de forma urgente, haja vista que produz impactos aos ecossistemas. No entanto, tal questão apresenta desafios a serem combatidos, relativos tanto ao frágil investimento estatal em sustentabilidade, como ao individualismo inerente à sociedade vigente.      Nesse contexto, é notório que o insuficiente investimento do Poder Público em sustentabilidade representa um entrave perpetuador da questão. Isso evidencia-se na medida em que a maior parte das atividades econômicas vigentes no Brasil – como a geração de energia e a agricultura – prioriza o lucro em detrimento à conservação natural, ocasionando graves prejuízos ao meio ambiente. Exemplo disso é a atual construção da usina hidrelétrica de Belo Monte, no Pará, a qual causa impactos à fauna e à flora locais. Sob esse viés, fica claro que o frágil investimento governamental tanto em fontes de energia alternativas, quanto em técnicas agrícolas menos danosas, como a rotação de culturas, favorece a continuidade do impasse. Logo, faz-se necessário que o Governo Federal promova o desenvolvimento sustentável.      Ademais, é indiscutível que o individualismo do homem contemporâneo representa um desafio à boa relação humana com a natureza. Segundo o sociólogo Zygmunt Bauman, a falta de alteridade e empatia é uma característica do atual momento vivido pela humanidade, a Modernidade Líquida. Diante disso, é indubitável que tal individualismo expresso na sociedade contemporânea faz com que os indivíduos não pensem nas consequências de atos como o despejo excessivo e irregular de lixo para as futuras gerações. Em razão disso, tais práticas frequentes ocasionam um acúmulo alarmante de resíduos, os quais poluem o solo e a água. Assim, é fundamental a ação do Ministério da Educação, para reverter o inaceitável cenário.      Destarte, medidas são necessárias a fim de atenuar os desafios supracitados. Diante disso, cabe ao Governo Federal a maior destinação de recursos – arrecadados pela Receita Federal – ao uso tanto de matrizes energéticas alternativas, como o etanol, quanto de técnicas e aparatos agrícolas de menor impacto, a fim de promover o desenvolvimento sustentável. Ademais, com o fito de desconstruir o individualismo e promover o maior engajamento social, o MEC deve introduzir debates nas escolas, ministrados por membros de ONGs ambientais, que tratem dos graves efeitos do acúmulo de lixo para as futuras gerações. Assim, a relação entre o homem e o meio ambiente tornar-se-á mais equilibrada.