Enviada em: 09/05/2017

A contemporaneidade, marcada pela explosão demográfica e pela urbanização, consolidou a intensificação da relação entre o homem e o meio ambiente. Nesse aspecto, as tecnologias de ponta proporcionaram o suporte para a manipulação da natureza e, ao mesmo tempo, expandiu os impactos da ação antrópica.             Em primeira análise, é importante destacar os efeitos da urbanização para o meio ambiente. Em razão da necessidade de mobilidade e serviços básicos e, tendo como base a exploração dos recursos da natureza conjugado com a ausência de educação ambiental, torna-se emblemático os fatores como a produção exacerbada de lixo e resquícios tóxicos domésticos e industriais. Segundo dados do IBGE, 80% da população habitam o meio urbano, e a produção de lixo equivale a cerca de 160 mil toneladas por dia. Além disso, alude-se ao desmatamento e à poluição de ecossistemas. Nesse ponto, os desafios ascendem com graves consequências para o meio e para o próprio homem, como a escassez de recursos, aquecimento global, divergências climáticas e extinção de espécies vegetais e animais.            Na esteira das relações entre o homem e o meio ambiente, a manutenção das perturbações ambientais relaciona-se diretamente à questões econômicas e sociais. Isso porque, a agricultura, hegemônica na exploração do solo e recursos minerais, caracteriza-se como uma importante fonte de capital nacional, configurando um conflito de prioridades. Além disso, associa-se ao problema ainda, o consumismo elevado e desenfreado, o desperdício de recursos e a fiscalização deficiente dos órgãos públicos.           Torna-se evidente, portanto, os reflexos da relação entre o homem e o meio ambiente e os obstáculos para uma atuação sustentável. Sendo assim, é imprescindível que as responsabilidades ambientais sejam compartilhadas entre o governo, políticas públicas, universidades e escolas. O governo devem propor uma fiscalização atuante, eficiente e permanente nas empresas e a implementação de uma gestão ambiental focada na preservação e reparação. Ademais, é essencial a elaboração de políticas públicas voltadas para um sistema de reciclagem e reutilização, com a criação de postos de coleta e utilização de propagandas publicitárias de incentivo e conhecimento. As escolas devem complementar o ensino com a educação ambiental, de forma a promover a sustentabilidade e mitigar o desperdício e consumismo, com seminários, debates críticos e projetos de reflorestamento. As universidades devem investir em pesquisas de cunho agrário, visando encadear a sustentabilidade e a produção. A articulação dessa pluralidade é ideal para retardar o processo irreversível de destruição mútua.