Enviada em: 30/10/2017

"A mão que afaga é a mesma que apedreja". Na obra de Augusto dos Anjos, é possível perceber uma situação inicial de exaltação e, depois, de descaso. Isso porque o ser humano é capaz de praticar ações ambiciosas e que podem acarretar em destruição. Tangente a isso, é interessante corroborar acerca da relação entre o homem e o meio ambiente que, de fato, está composta de diversos desafios e atitudes errôneas, bem como as decorrências disso.  Primordialmente, é hábil ressaltar que a figura humana está relacionada com o meio ambiente em todo o mundo. Sob ângulo histórico, nota-se que essa interação se intensificou, sobretudo, na Revolução Industrial, em que a demanda por matérias-primas cresceu de maneira impressionante. Como consequência disso e devido à não criação de políticas públicas em cunho da preservação ambiental, os recursos ambientais hoje estão se tornando cada vez mais escassos e, por conseguinte, sendo ofertados apenas a populações privilegiadas. Não obstante, a má formação educacional torna os cidadãos desinformados acerca do cuidado que deve-se haver com o meio ambiental, o que intensifica o uso desenfreado e inconsciente desses recursos, possibilitando, por exemplo, o desmatamento de regiões como a Floresta Amazônica Brasileira, em benefício da promoção de áreas para criação de gado, o que compromete a fauna e a flora local.  Em segundo plano, cabe analisar que a construção de uma sociedade competitiva também contribui para o agrave do problema, uma vez que essa, movida por valores capitalistas, utiliza os instrumentos ambientais em prol do seu benefício e não se preocupa com a herança que deve ser deixada às gerações futuras. Ademais, a esfera midiática não noticia a problemática do descarte inadequado dos resíduos sólidos, o que intensifica a poluição atmosférica e hídrica principalmente em grandes centros urbanos. Diante dessas atitudes, observa-se o agrave de problemas como alagamentos, o que contribui para a proliferação de doenças. Em casos mais graves, isso pode desencadear na intensificação dos fenômenos do efeito estufa e do aquecimento global, o que pode culminar no derretimento de calotas polares e causa o desequilíbrio ambiental, bem como pode degenerar grande parte da humanidade.  Mediante a isso, fica evidente a defasagem do relacionamento entre homem e meio ambiental. Para que o impasse amenize, faz-se necessário que o Ministério do Meio Ambiente (MMA) promova estratégias sociais e econômicas para a melhoria da qualidade ambiental através da criação de leis e resoluções, bem como a fiscalização adequada delas. Em ação paralela, as instituições educacionais deverão propor a realização de palestras e reuniões, que busquem incentivar o uso sustentável dos recursos ambientais para que, assim, o laço entre homem e o meio ambiente não se rompa.