Como ficar indiferente diante dos problemas ambientais resultantes da relação conturbada entre o ser humano e o meio em que vive? Apesar de vivenciarmos as consequências da má interação entre homem e natureza, muito pouco é feito para melhorar este problema, devido ao individualismo, ao consumismo e por indiferença da sociedade. Hobbes ao afirmar que "o homem é lobo do homem" evidencia o quanto o ser humano é individualista, tal característica é presente na exploração dos recursos naturais, visto que a ação antrópica sobre o meio ambiente objetiva o beneficio pessoal, enquanto despreza qualquer consequência sobre as futuras gerações ou o meio em que se vive. O consumismo, segundo Bauman, está ligado a muitos problemas sociais e se tornou um problema ambiental grave, visto que, o aumento da produção de detritos e da exploração ilegal e dos recursos naturais são consequências diretas deste fator, as quais são evidenciadas pelo grande numero de lixões, pela biopirataria e pelo desmatamento ilegal. Estatísticas, divulgadas na revista Época, revelam que menos da metade dos brasileiros contribuem para a coleta seletiva, evidenciando que apesar do conhecimento das consequências do desiquilíbrio ecológico, pessoas se mostram indiferentes quanto a este problema. Logo a falta de engajamento social dificulta a relação homem- natureza. Diante do desafio de melhorar a relação entre o homem e o meio ambiente, órgãos de defesa ambiental devem aumentar a fiscalização e possuir mais autonomia para punir, de acordo com a lei, o infrator. Cabe a escola trabalhar mais a questão da educação ambiental, apesar dessa medida não dar resultados imediatos, com os alunos por meio de palestras e semanas acadêmicas voltadas para formação de uma consciência ecológica.