Em "As cidades e as serras", obra do escritor realista português, Eça de Queiroz, prevalece a crítica ao avanço tecnológico e industrial nas grandes cidades do século XIX. Nesse sentido, embora a tecnologia e a indústria tenham proporcionado uma melhor qualidade de vida, os mesmos são responsáveis pela devastação ambiental que cresce cada vez mais no mundo atual. Esta problemática, dentre outros fatores, é engajada pelo capitalismo e, por conseguinte, pelo individualismo exacerbado do homem contemporâneo que pouco se importa com ambiente e visa apenas o seu lucro em constante crescimento. Em primeiro lugar, vale mencionar que, de acordo com a física newtoniana, toda ação possui uma reação em mesma intensidade e sentido contrário. Desse modo, é evidente que a produção em larga escala, por necessitar de recursos naturais, causa impactos ambientais, uma vez que, tais recursos são esgotáveis. No entanto, na lógica capitalista, esse fato não é levado a sério, visto que, esse sistema continua a explorar com um único objetivo: enriquecer as empresas e os Estados nacionais. Sobre essa lógica, o individualismo prevalece diante das possíveis reações causadas por essa estratégia. Pois, o homem, por egoísmo ou comodismo, procura se sobrepor diante da natureza em busca do poder monetário, porém, a natureza responde sobre a sociedade por meio de mudanças climáticas, processos erosivos ou poluição de rios, por exemplo. Essa resposta, é confirmada por uma pesquisa realizada pela ONU (Organização das Nações Unidas) que, em síntese, diz: "O efeito estufa pode elevar a temperatura mundial em 4 graus até 2100." Portanto, para que o globo seja um ambiente estável e de bem estar para a população, cabe aos governos em conjunto das empresas buscar novos meios de produção, de modo a evitar ao máximo comprometer o meio ambiente, por intermédio de investimentos em pesquisas por novas tecnologias que reduzam os impactos no espaço natural e geográfico. Espera-se, com isso, um mundo mais tranquilo e sem catástrofes naturais nos próximos anos.