Enviada em: 23/03/2017

Em 1888,  a lei áurea representou a proibição do trabalho escravo por parte dos negros no Brasil, motivo de apelação da sociedade e de fazendeiros usuários do serviço obrigatório. Mesmo com a carta de alforria, os negros não tinham oportunidades de emprego e viviam sempre na miséria, a única forma de restabelecimento de capital era cumprir serviços indesejáveis com poucas horas de descanso e dinheiro escasso. Na contemporaneidade, é perceptível algumas aplicações análogas dos tempos passados perante o trabalho,  famílias com baixa renda pretas ou brancas sofrem com a exploração trabalhista, recebem pouco e realizam uma longa jornada horária de trabalho. Crianças são introduzidas no mercado de emprego cedo para ajudarem seus pais com o custo de vida familiar deixando de lado seus estudos.    Primeiramente, diferente dos tempos passados que o trabalho escravo era julgado pela cor da pele, hoje é caracterizado pela renda pessoal. Aqueles que não possuem uma base escolar ou cursos superiores são explorados pelo sistema e indiretamente obrigados a aceitar serviços que afligem os direitos humanos pois são as  únicas formas de conter as necessidades do custo de vida. Um exemplo disso são trabalhos em canaviais em que o trabalhador fica exposto ao sol por muitas horas e sem comida colocando em risco a sua saúde física sem contar com o baixo pagamento diário. Estes abusados pelos empreendedores não denunciam pelo fato de não querer perder o emprego ou medo de serem violentados pelos patrões que muitas vezes ameaçam antes que contratar para o ofício.     Em segundo lugar, a escolaridade é o princípio do intelecto humano, a base para o mercado de trabalho e formação em cursos superiores. Famílias de baixa renda e que possuem muitos filhos sofrem com a miséria e precisam encontrar um modo para se alimentarem e viverem em um mundo capitalista. Estas crianças e jovens introduzidas em instituições sociais pobres já vão sendo adaptadas para o trabalho com o objetivo de ajudar em despesas grupais. Esses menores ficam prejudicados em relação a educação escolar pois não possuem tempo de estudar ou realizar atividades, por meio disso a analfabetismo que é uma característica de país não desenvolvido cresce no Brasil.     Portanto, por meio desses acontecimentos é percebível que o trabalho escravo continua atualmente no Brasil e no mundo, mas de uma forma ideologicamente diferente. É pedido a criação de ongs ou instituições que defendam qualquer tipo de trabalhador com exclusão de proprietários e donos de empresas. Irão existir voluntários que vão justificar dúvidas de alguns trabalhadores e falar quais serão os atos do indivíduo se acontecer algum tipo de opressão, violência ou exploração. O Estado deve fiscalizar mensalmente os locais de emprego por meio de funcionários em todas as cidades para observar as relações do proletário com o empreendedor sempre defendendo a maioria, que são os pobres.