Enviada em: 27/03/2017

Após a lei Áurea sancionada em 13 de maio de 1888, que prevê a extinção da escravidão no Brasil,todos os senhores de escravos foram obrigados a libertarem os seus trabalhadores não remunerados.No entanto observa-se atentamente no século XXI um retrocesso na maneira como é privado de liberdade muitos trabalhadores,além das condições sub-humanas que lhes são oferecidas.Contudo,muitos importantes passos já foram dados na tentativa de reverter esse caso,mas é necessário ser analisadas as verdadeiras causas desse mal.                                                     Em uma observação inicial,é importante salientar que ainda que leis e a Comissão Nacional para Erradicação do Trabalho Escravo tenham contribuído para alertar a sociedade sobre a situação degradante em que vivem os cativos com a da falta de alimentos e comunicação ainda se faz presente algumas limitações.O cenário atual em que são aplicadas apenas pequenas punições deixam as vitimas com sensação de abandono,além de falta perspectivas sobre o futuro.                                                                    Em uma análise mais profunda,deve ser considerado fatores culturais.A principal situação vivida pelas vitimas é que foram iludidas por promessas de uma vida melhor,mas ao se depararem com a realidade são retiradas de suas famílias.O fator emocional,ou seja,o medo,é o que desencoraja inúmeras denuncias pois, na maioria das vezes são instrumentos da perpetuação da violência e junto a ‘‘vergonha social’’,faz com que seja desestimulada a busca por justiça.                                            Torna-se evidente,portanto,que a persistência do trabalho escravo no Brasil é grave e exige soluções imediatas,e não apenas um belo discurso. Ao Poder Judiciário, cabe a ele fazer valer as leis já existentes.A mídia, por meio de ficções engajadas, deve instigar mais denúncias. Por fim é dever da população e do governo auxiliar na reintegração do individuo novamente na sociedade,afinal segundo Henri Wallon ‘‘O individuo é social não como resultado de circunstancias externas,mas em virtude de uma necessidade interna.’’