Na contemporaneidade, sobretudo no Brasil, o trabalho escravo tem aumentado muito nos últimos anos, principalmente entre crianças e adolescentes das grandes periferias. Dentre os fatores relevantes, destacam-se: a falta de oportunidade e falha sistema brasileiro. Historicamente, com a sanção da Lei Áurea, assinada pela Princesa Isabel, em 1888, findou-se a escravidão no Brasil. Diria que teoricamente, pois esse mal continua sendo um dos fatores que aumenta ainda mais a distância entre direitos e deveres vivido pela grande maioria dos adolescentes, como pode ser notado no filme Capitães de areia, do escritor baiano Jorge Amado, onde mostra crianças e adolescentes sem perspectivas de vida, tendo apenas o mundo do crime e da violência como horizonte, sendo esse o futuro dos "pequenos" caso não haja um olhar crítico sobre a referida situação. Além disso, o sistema brasileiro encontra-se defasado, tanto na educação quanto na aplicação das Leis, uma vez que esse procedimento não se empenha como deveria, visto que o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), principal meio de respeito no que tange aos direitos dessa categoria. Desse modo, acabam desconhecendo os seus valores e consequentemente, ficando todos à mercê da própria sorte. Diante dos fatos supracitados, vemos que é possível reverter tal situação desde que haja a intervenção do Estado, através de Políticas Públicas, objetivando assim, a geração de emprego e renda. Ademais, Judiciário e Executivo criarem Leis mais rígidas e punições mais severas para quem não as cumpre. Soma-se a isso, a consonância entre instituições de ensino e a sociedade civil, através de parcerias e obtenção de recursos da União, fomentarem a qualidade do ensino e valorizando a conscientização dos direitos, formando assim, pessoas instruídas e conscientes dos direitos.