Enviada em: 27/03/2017

Trabalho escravo: Reduzir alguém a condição análoga à de escravo, quer submetendo-o a trabalhos forçados ou a jornada exaustiva, quer sujeitando-o a condições degradantes de trabalho. É consenso entre as sociedades sociopolíticas atuais que a assinatura da Lei Áurea em 1888 foi imperiosa no que concerne ao fim do trabalho escravo. Conquanto, hodiernamente ainda são registrados casos de trabalho forçado no Brasil em pleno século XXI. A dificuldade quanto à fiscalização e a falta de percepção pelo próprio indivíduo que ele vive em uma condição análoga a escravidão tornam-se impasses para a solução da problemática.                De acordo com dados do Ministério do Trabalho até 2015 a região norte concentrava os dez municípios com o maior número de casos de trabalho escravo no Brasil. A condição geofísica de algumas regiões do país, como, por exemplo, as regiões Norte e Nordeste acabam sendo propícias para o estabelecimento de núcleos de trabalho forçado, tendo em vista a dificuldade da fiscalização nas áreas do interior. Entretanto, é notável um aumento nas operações de fiscalização nos grandes centros urbanos, devido ao crescimento do trabalho forçado na economia privada, como, por exemplo, indústrias e confecções têxteis - reflexos do capitalismo desenfreado.               A falta de instrução e conhecimento da lei tornam-se entraves para o combate ao regime escravista. Muitos indivíduos entendem o trabalho escravo somente como o exercício de uma função, sem que haja remuneração financeira. Todavia, jornadas exaustivas e o fato de sujeitá-lo às condições degradantes de trabalhos, são passíveis de condição análoga à escravidão. Vale ainda pontuar que, o trabalho forçado de imigrantes tem sido um fator preocupante para o governo brasileiro. Uma vez que o Brasil faz fronteira com vários países, muitos imigrantes acabam entrando no país de maneira ilegal para trabalhar e acabam tendo seus documentos retidos pelos exploradores.                   Tendo em vista o alto número de trabalhadores libertados nos últimos anos, é necessário uma maior intervenção governamental para aprimorar os órgãos de fiscalização, principalmente nas regiões mais afastadas. Dessa forma a parceria do poder público com a mídia no que diz respeito a promoção do disque denúncia, acompanhado de documentários que incentivem as pessoas a denunciarem casos de exploração do trabalho é de extrema importância. As escolas e universidades como forte agentes articuladores devem mobilizar-se, objetivando a exposição da problemática como algo persistente na sociedade contemporânea.