Enviada em: 30/03/2017

A miopia social dos sistemas escravistas hodiernos     Na Grécia Antiga, muito diferente do Brasil, a escravidão não era racial, e sim por conquista militar. Aquela esteve muito atrelada ao período colonial e mesmo após a abolição ainda apresenta traços marcantes na sociedade contemporânea.   Muitas são as pessoas que não sabem dos seus direitos trabalhistas e por isso acham justo as condições a que são submetidas. Além disso, a taxa de desemprego ultrapassou os 10%, o que faz com que trabalhadores busquem medidas alternativas para o sustento familiar. Por outro lado, o baixo nível de escolaridade reduz as possibilidades de ascensão e então crianças passam a trabalhar e viver sob condições desumanas, tornando o ciclo cada vez mais vicioso.   Embora se afirme que a escravidão está se desvincilhando dos ideais coloniais, não se pode negar a sua atual manifestação e suas consequências diante daqueles que foram cerceados de liberdade e de dignidade humana. O trauma psicológico perdura e impede o indivíduo de viver socialmente.   É preciso, portanto, romper com as tradições arcaicas e findar com o sistema escravista vigente. A nível educacional, colégios e instituições de ensino devem educar seus alunos, incentivando-os de forma lúdica a não cometerem práticas escravagistas e adicionarem à carga horária aulas jurídicas para o ensino médio. Órgãos competentes junto ao Ministério do Trabalho devem realizar fiscalizações frequentemente e com maior rigidez, a fim de listar pessoas e empresas irregulares de acordo com a lei. E, à população, enfim, fica a obrigação de denunciar casos de escravidão para, assim, colaborar com órgãos fiscalizadores e minimizar o número de vítimas sofredoras das mazelas mundiais.