Enviada em: 22/04/2017

A liberdade cerceada pelas correntes da ignorância.          Durante toda sua história, a humanidade pôde presenciar a vontade do homem em ter poderes sobre o próximo. Na Grécia antiga era comum que os homens possuíssem escravos para manter sua casa e ganhos, a fim de que pudessem participar da política, também na idade média, os vassalos que deviam se submeter ao senhor feudal, estes e outros nunca puderam conhecer a liberdade.           O fato é que mesmo com o fim da "idade das trevas" o homem não deixou de explorar e cercear a liberdade de seus semelhantes, promovendo a escravidão na sociedade moderna durante as colonizações do "novo mundo", que com o apoio das monarquias vigentes, explorou os nativos das Américas e incorporou em suas "plantations" os escravos trazidos da África em navios negreiros. Postergando o sofrimento de alguns, que em pleno século XXI ainda sofrem de tal mal, apenas através de meios diferentes.           Imigrantes de países com menores índices de desenvolvimento humano, entram diariamente no Brasil em busca de melhores oportunidades e em pouco tempo se vêem sem saída, se não, optar pelo trabalho análogo ao escravo. Em fábricas clandestinas, são submetidos à alta carga horária e baixo salário, que por vezes é confiscado pelo proprietário da fábrica, com a justificativa de que o trabalhador usou dos alimentos da empresa, causou algum prejuízo ou faltou ao serviço, fazendo com que por vezes o trabalhador passe a dever para o proprietário e então fique impossibilitado de sair da fábrica, ficando portanto, cerceado de seu direito de liberdade.           Sendo assim, torna-se evidente a necessidade de intervenção, devendo o Ministério da Justiça por meio da Secretaria de Direitos Humanos, criar um portal específico de denúncias, com garantia de anonimato, além de uma ampla fiscalização do Ministério do Trabalho em empresas que possam apresentar indícios de condições inadequadas de trabalho ou exploração.           Ademais, cabe as prefeituras municipais promover empregos nas áreas de nível básico e oferecer suporte à vida para estes imigrantes e demais cidadãos instáveis economicamente, a partir de verbas provindas do Ministério das Cidades, evitando assim, que criminosos se aproveitem desta instabilidade para obter seus lucros através da liberdade de outros.