Enviada em: 09/05/2017

Durante o período colonial, o Brasil possuiu a legalização da subordinação de uma pessoa sobre outra. Entretanto, a partir da Lei Áurea (1888) e as leis trabalhistas (1933), essa posse foi ilegalizada. Contudo agora no século XXI, iniciou-se a Escravidão Contemporânea, a qual ocorre no âmbito rural e urbano onde grandes empresas buscam aumentar seu lucro a partir desse meio. Além disso, as grandes desigualdades e a péssima fiscalização auxiliam ao aumento dessa fraude.      Torna-se evidente o fato da escassa educação ser um dos principais causadores do escravismo, isto é, pessoas com baixa escolaridade possuem a tendência de aceitar qualquer trabalho, seja este com carga horária excessiva ou baixo salário, tornando a servidão mais fácil de ser alcançada. Como diz Voltaire "Educar mal um homem é preparar dores e perdas à sociedade", ou seja, esse modo de trabalho afeta todos. Construí-se desse modo um ciclo, tendo em evidência que crianças também são direcionadas aos cativeiros, fazendo com que não haja ascensão desta parcela da população, conduzindo o capital somente à mão das grandes empresas.        Acima de tudo, não se pode esquecer da baixa e insuficiente fiscalização por parte do governo. Aliás, a corrupção também está presente neste âmbito, isto é, grandes empresas subornam fiscais de modo com que não haja uma queixa à delegacia e/ou divulgação deste crime, fazendo com que a população não possua consciência do problema, dessa forma não ocorrendo denúncias. Um grande exemplo é a loja de grife Zara, a qual em 2011 foi flagrada com grande número de escravos, sem nenhuma condição ou direito de cidadãos. Ademais, sua única resposta foi a libertação dos trabalhadores encontrados e a divulgação de uma nota alegando a culpa em outra organização, não havendo nenhum punimento ao responsável.          Em síntese, percebe-se que, há vários obstáculos para se alcançar uma sociedade com completa ausência da escravidão e respeito ao direito do trabalhador. Um dos fatores, para superar-se, seria o governo fornecer ensino de qualidade às áreas mais precárias do país, evitando uma fácil aceitação de qualquer serviço. Porém, atualmente, as únicas organizações emprenhadas nesse processo são as ONGs, como a Artsol, as quais não possuem vínculos com empresas privadas, criando-se um livre arbítrio às denúncias. Como solução para a divulgação, mídias televisivas e cibernéticas deveriam criar campanhas de alerta e a favor da denúncia, ensinando o máximo de usuários possíveis que uma ligação faz toda a diferença. Já para a população, as empresas deveriam preocupar-se com uma maior transparência com os consumidores e estes procurarem informações, as quais, atualmente, são facilmente encontradas.