O poema "Navio Negreiro" de Castro Alves reverbera a condição de-sumanas que os escravos eram submetidos. Apesar dessa prática ser con-siderada um crime a mais de um século, ela ainda continua. Á vista disso, é uma conjectura que revela as falhas da Justiça, mas também uma sociedade que neglicencia a ética. Em primeiro lugar, esse contexto se concentra, principalmente, em paí-ses subdesenvolvidos devido as falhas da Justiça. Como por exemplo, no Brasil há mais de 450 inquéritos não concluídos, entre os anos de 2009 a 2016, sobre pessoas suspeitas de submeterem a outros em condições aná-logas à escravidão, segundo a Câmera Criminal do Ministério público Fe-deral. Diante disso, a sensação de impunidade se estabelece, juntamente com a continuidade dessa ação. Além disso, mormente, se concentra em áreas rurais dado a falta de uma fiscalização continua em locais longe do centro urbano. Dessa forma, fazendeiros comportam-se como Senhores de Engenho e sujeitam indivíduos em situações sub-humanas. Além disso, quando se analisa a existência do trabalho escravo no sé-culo XXI, observa-se uma sociedade que negligencia a ética. Dado que, outrora até existiam argumentos que tentavam justificar a escravidão, como a visão determinista, mas nos dias hodiernos com as conquistas dos direi-tos humanos pautados na dignidade e integridade do indivíduo é um ato in-justificável. Nota-se, assim o enigma da modernidade segundo o filósofo Henrique de Lima; de uma civilização tão avançada em suas razões teóricas, mas tão indigente em suas razões éticas. Portanto, faz necessário que as denúncias dirigidas aos suspeitos de re-alizarem trabalho escravo sejam priorizadas pela Justiça e assim, o caso se resolva de forma rápida, com intuito de punir e coibir novas ações. Ade-mais, que haja também o aumento da fiscalização por meio da ação em conjunto da Polícia Federal, Estadual e Municipal. E por fim, que campa-nhas sejam construídas com o objetivo de sensibilizar a população a ser mais ética. Dessa, fomente ferramentas no combate a escravidão moderna.