Enviada em: 27/06/2017

De acordo com a Constituição de 1988, todos os trabalhos com traços de escravidão, ou seja, grandes períodos de atividade com pouca ou nenhuma remuneração em ambientes insalubres, são considerados crime. A Carta Magna brasileira é norteada pelo princípio da dignidade da pessoa humana, preceito do filosofo Kant, que diferencia o ser humano dos demais. Entretanto, não é isso que acontece no século XXI. Grandes empresas, tanto mineradoras, como têxteis, são que mais utilizam desse recurso, visando um maior lucro. Desse modo, melhorar a legislação e a educação na sociedade sobre a escravidão moderna é necessário, pois, aumentara as chances de ter mais visibilidade e recursos para quem sofre desse mal.  Na mídia brasileira é comum a retratação de casos de escravidão moderna. Esse problema se dá, muitas vezes, pelo tamanho do país, que dificulta a fiscalização em lugares interioranos e nos grandes centros. Tais empregados submetidos a esse ato, entre eles imigrantes, se submetem a tal atrocidade por falta de melhores oportunidades devido a condição que se encontram, como exemplo, sem a documentação para ter um emprego formal. Dessa forma, há uma necessidade urgente do Estado ampliar a política de recebimento de tais pessoas, além de dar o suporte necessário para se tornarem cidadãos.  Outro ponto necessário, é a falta de informação na sociedade sobre a escravidão moderna. Associada, muitas vezes, ao negro na senzala dos tempos coloniais, as pessoas se esquecem que em seus prédios podem funcionar locais clandestinos que utilizam a mão de obra escrava. Ampliar a divulgação sobre tais assédios, além de aplicar dentro da sala de aula esse assunto, é uma forma de incentivo a população denunciar e ajudar o governo fazer uma fiscalização mais rígida em todos os pontos do país.   Portanto, o Brasil precisa tomar iniciativas para acabar com a escravidão. Primeiramente, deve abordar de forma mais direta aqueles que imigram para o país. O Estado deve dar um suporte maior a todos aqueles que entram, como documentação e um estudo adequado sobre o seus direitos perante a sociedade brasileira. Isso deve ser realizado já dentro das unidades de acolhimento. Outro caminho a ser tomado é a escola. É necessário que a instituição mostre desde os primórdios o que é o direito de cada trabalhador e em que situações deve ser aplicado. Não só isso, com melhora no senso crítico trazido pelo ambiente escolar, a sociedade se torna atenta ao seu redor, e dessa forma pode aumentar a denúncia e ajudar ao governo fiscalizar e punir de forma correta as empresas que utilizam desses trabalhos. A aplicação de multas e indenização  é um dos pontos necessários. Dessa forma, o Brasil poderá cumprir com a dignidade que é aplicada na sua Constituição de forma igualitária.