Enviada em: 26/07/2017

A escravidão sempre foi uma prática comum entre diversos povos desde a antiguidade. Dos romanos até os portugueses, dos gregos até os ingleses, porém, foi oficialmente abolida em todo o mundo já faz muito tempo. Entretanto, ainda faz parte, de forma análoga, da vida de milhares de pessoas por todo o mundo. Contudo, ainda é algo difícil de se detectar e de se fiscalizar, mesmo no século XXI.       Um dos principais problemas para a identificação do trabalho escravo é seu próprio conceito. Hoje em dia ainda é muito discutido o que realmente pode ser considerado como esse tipo de prática. Em muitos locais, jornadas excessivas e más condições de trabalho não são consideradas como parte de tal processo, mas sim como uma escolha do próprio indivíduo por essas condições, seja por falta de opção ou por dificuldades econômicas. Assim, a definição do que realmente pode ser considerado uma prática escravista dificulta sua fiscalização.       Outro fato que contribui para dificuldade de detecção são os setores onde tal prática é conduzida. Por grande parte da população é esperado que muitas dessas ações sejam utilizadas na agropecuária, porém setores como extração de minérios e construção civil também detém grande parte dos casos envolvendo o trabalho escravo. Além disso muitas desses atos desumanos são usados em meios urbanos, não em meios rurais como seria comum de se pensar. No Brasil, por exemplo, cerca de 60% dos casos de trabalho análogo à escravidão foram identificados em áreas urbanas, segundo relatório divulgado pelo próprio governo brasileiro.       Para que tal ação desumana seja solucionada é preciso uma ação conjunta de órgãos como, Polícia Federal, Ministério Público e Secretaria do Trabalho, para assim conseguir fiscalizar de forma mais eficiente locais onde denúncias são frequentes e dar a seus praticantes suas devidas sentenças, conforme a lei, para tal tipo de prática.