Enviada em: 13/08/2017

O Brasil foi construído sobre o sangue e o suor dos escravos, desde a colonização os portugueses se utilizaram dos índios e negros para o trabalho forçado .Nos dias de hoje, a escravidão persiste, agora feita por outros brasileiros que visam o lucro acima de tudo. Essa situação é causada principalmente pela força do agronegócio, e sobretudo, pela vulnerabilidade socioeconômica das vítimas.                O trabalho escravo se caracteriza por condições degradantes, como falta de água, alimentação e moradia precárias, violência e jornadas exaustivas. Ele ocorre em diversos setores como o da mineração, construção civil e têxtil, mas o destaque é o agropecuário, pois compreende lugares distantes, mais "esquecidos" pela fiscalização, além de ser culturalmente comum essa exploração realizadas pelos latifundiários. E o pior é a tentativa da bancada ruralista de regulamentar a escravidão, através de um projeto que permite alimento e moradia como pagamento, jornada de até 12 horas diárias e "segunda chance" para o empregador pego durante a fiscalização.               Segundo estudo da OIT (Organização Internacional do Trabalho), realizado com 121 trabalhadores resgatados entre 2006 e 2007, 85% tinham baixa escolaridade e até analfabetismo e 59,7% já tinham sido resgatados da condição de escravo anteriormente. Isso faz com que essas pessoas as quais vivem em situação econômica precária, não tem qualificação, e o mais grave, não conhecem seus direitos, sejam alvos facéis dos "gatos", os recrutadores que enganam os indivíduos com promessas falsas.                    Portanto, a escravidão continua existindo no Brasil, pela condição social dos trabalhadores e pelo poder dos latifundiários. Por isso, é preciso que o governo vete o projeto dos ruralistas e coloque o trabalho escravo como um crime de alta gravidade. Além disso, o Ministério do Trabalho deve aumentar a fiscalização e resgatar os indivíduos, dando-os profissionalização e instruindo sobre os seus direitos. Ademais, a mídia deve divulgar o assunto, informando a sociedade e incentivando denúncias.