Enviada em: 30/08/2017

Durante as grandes navegação, países do continente europeu atracavam seus navios na costa africana para capturar negros e usá-los, posteriormente, como ferramenta humana em suas colônias. Hoje, no Brasil, de forma análoga aos séculos passados, a escravidão ainda se faz presente na sociedade, gerando vítimas indefesas e incapazes de lutar pela própria liberdade.       Em primeiro lugar, cabe evidenciar os fatores responsáveis pela escravidão no século XXI. Dentre eles, a busca por oportunidades de emprego, principalmente por parte dos imigrantes ilegais, que acabam sendo submetidos a jornadas exploratórias, sem que possam recorrer às autoridades locais, devido à falta de registros e documentações nacionais. Dessa forma, empresários e fazendeiros ganham o poder de submeter estas pessoas a condições inumanas de trabalho, em prol de sua lucratividade.       Além disso, é possível destacar os motivos que comprometem o combate ao trabalho escravo na sociedade brasileira. Segundo dados do jornal O Globo, a maior parte dos trabalhadores que atuam em condições análogas à escravidão, encontram-se em regiões isoladas do meio urbano. Nesse contexto, as investigações federais tornam-se difíceis, restritas, muitas vezes, ao uso de equipamentos de rastreamento via satélite e veículos aéreos para abordagem presencial.       Fica claro, portanto, que o problema da escravidão no Brasil contemporâneo está, dentre outros motivos, relacionado ao oportunismo frente aos trabalhadores que não podem solicitar ajuda do estado. Nesse sentido, medidas são necessárias para contornar esta problemática. O governo deve ampliar seu sistema de recepção de imigrantes, criando condições estruturais, como escolas de ensino da língua nativa estrangeira, para que estes possam habitar o país sem recorrer ao trabalho marginalizado, reduzindo as possibilidades de ser explorado indevidamente. Ademais, cabe às emissoras de rádio lançarem em períodos comerciais, mensagens alertando trabalhadores do interior do país que se encontram submetidos a condições degradantes de serviço a procurarem por ajuda policial quando possível. Assim, teremos uma sociedade mais atenta e que luta contra práticas que ferem os direitos humanos.