Enviada em: 20/10/2017

O trabalho escravo moderno, evoca o princípio da situação trabalhista, nos idos da Inglaterra do século XVIII: Patrões exigem de sua mão de obra um esforço quase sobre-humano, em jornadas exaustivas, e em troca, fornece um pagamento irrisório, quando comparado ao lucro que lhe é gerado. O que leva alguém a submeter-se a essa situação? Certamente, um desamparo tão desesperador quanto a exploração, onde a incerteza de não conseguir o básico para sobreviver, aflige, dia após dia.   É notável que, a maior parte dos casos de trabalho em situação análoga à escravidão, ocorre em empreendimentos do setor primário; locais geralmente afastado de centros urbanos, o que dificulta a fiscalização do Ministério do Trabalho. Nesse ambiente, alguns proprietários, observam imigrantes, crianças, adolescentes e adultos com baixa escolaridade, como oportunidade para enriquecer, oferecendo condições de trabalho à margem da lei, potencializando seus lucros ao não pagar salários justos e sonegar impostos. Infelizmente, o baixo salário ofertado nesses empregos, ainda assim, acaba sendo uma meio para conseguir a própria subsistência.   No início da revolução industrial, trabalhadores eram alienados ao ser submersos em um sistema onde era relegado a fazer uma função repetitiva e maçante, muitas vezes, sem ao menos saber o que estava produzindo. Atualmente, a alienação é feita de uma maneira diferente. Leis trabalhistas existem há décadas em nosso país, porém, por não ter acesso a esses direitos, trabalhadores vitimizados se sentem impotentes para combater patrões criminosos, dessa forma, permanecendo alheio à cidadania.   Incentivar denúncias e intensificar investigações, são as medidas necessárias para retirar mais pessoas dessa situação deplorável, e assim, aplicar as leis punitivas aos devidos infratores. Investir em educação, fortificando o ensino técnico e possibilitando mais entradas no ensino superior, são as iniciativas necessárias para impedir que mais cidadãos enxerguem no trabalho insalubre uma saída. Combater de forma inflexível essa situação, é dever de uma nação que busca isonomia.