Enviada em: 30/10/2017

Ser escravo é ser explorado, ameaçado e humilhado, sem nenhuma garantia e direito à liberdade. A história do Brasil, é marcada pelo intenso trabalho escravo que foi presente tanto no século XVI para a exploração de açúcar e pau-brasil, quanto no século XX para a integração da Amazônia. A escravidão continua sendo um problema atual, e se torna um desafio quando acontece de forma camuflada envolvendo o desejo insaciável em lucrar aliado com as desigualdades sociais.      Em primeira instância, o conceito de insaciabilidade já havia sido elaborado por Nietzsche, filósofo alemão, que afirmava que o desejo implica idealizações que com tempo gera a insatisfação, que causa desejo novamente. A atual escravidão surge no contexto do capitalismo, que por incentivar o lucro, faz com que os proprietários apliquem uma política que visa apenas o benefício próprio. Essa exploração acontece tanto no meio rural quanto no meio urbano, uma vez que a fiscalização é insuficiente em todo o país. De acordo com o Ministério do trabalho, no Brasil cerca de 155 mil pessoas vivem nessas condições.       Outrossim, a desigualdade social também é capaz de proporcionar a exploração. Devido a alta necessidade de trabalhar, muitas pessoas são submetidas a promessa de um emprego dos sonhos, que muitas das vezes funcionam como uma “isca” para encontrar novos escravos. Muito se engana ao pensar que esse é um problema exclusivo do Brasil, segundo organização não governamental Walk Free Foundation, cerca de 46 milhões de pessoas vivem nessa situação no mundo.         Portanto, para vencermos o desafio da exploração escravista, no contexto nacional, é preciso que haja um empenho do governo. Isso pode ser feito através de implementações de leis nessa reforma trabalhista vigente, que deveria incluir um acompanhamento obrigatório, todos os meses, de fiscais em propriedades para averiguar se tudo está conforme o previsto, incluindo tanto as fazendas quanto as multinacionais. Com essa fiscalização mais intensa, o trabalho escravo seria mais difícil de acontecer, pois mesmo sendo uma prática abolida em 1888 ela continua sendo um pesadelo nos dias atuais.