Enviada em: 15/06/2018

É de conhecimento geral que, atualmente, a falta de planejamento familiar é um dos problemas mais evidentes na sociedade brasileira. É mediante tal questão que a população cresce exponencialmente e, com isso, causa a marginalização social de muitas pessoas. Nesse contexto, é indispensável salientar que o pouco conhecimento dos jovens está entre as causas da problemática, haja vista a ausência de debates sobre os métodos contraceptivos. Diante disso, vale discutir a administração pública para com o incentivo do planejamento familiar e a importância da educação para a evolução do país, bem como a atuação do Estado de modo a tentar solucionar tal impasse.    Mormente, analisa-se que o crescimento populacional é agudo desde a década de 1950. Na esteira desse processo, o segmento mais pobre da sociedade foi marginalizado. Quanto a essas pessoas, muitas delas não têm seus direitos sociais assegurados - educação e saúde, de qualidade e acesso ao lazer. Por conta disso, os jovens que nascem nesses ambientes marginalizados não recebem instruções de como prosperar na sociedade, tampouco noções de planejamento familiar. Seguindo essa linha de raciocínio, o filósofo Jean-Jacques Rousseau sustenta a ideia de que determinadas categorias sociais apresentam privilégios em detrimento de outras, de maneira a estabelecer uma convenção a qual ratifica um ciclo de pobreza associado ao crescimento familiar desordenado. De maneira análoga, é possível perceber que, por falta de administração e de fiscalização pública por parte de algumas gestões, o planejamento familiar não é pleno no Brasil.  Outro ponto relevante nessa temática é a importância da escola para o desenvolvimento do país. Nessa lógica, o educador Paulo Freire defende o conceito de que se a educação não pode transformar a sociedade, sem ela muito menos a sociedade muda. Nessa ótica, estudos do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística indicam que a falta de planejamento familiar está diretamente relacionado com muitos problemas do país, como o aumento da violência e dos casos de abortos clandestinos e superlotação dos presídios. Por conseguinte, é evidente que o grupo mais debilitado não obtém recursos necessários para a felicidade, assim como preconizado por Aristóteles.    Fica evidente, portanto, que ainda há entraves para garantir a solidificação de políticas que visem à construção de um país melhor. Para tanto, o Ministério da Saúde deve criar um programa de instrução ao jovem e, por meio das escolas, das redes sociais e dos programas de televisão, abrir espaço para o debate sobre os benefícios dos métodos contraceptivos e do planejamento familiar. Com isso, a marginalização da sociedade diminuirá e muitas crianças terão oportunidades para a vida coletiva. Com tais medidas, o Brasil sairá das sombras, como na alegoria da caverna de Platão.