Enviada em: 10/05/2018

Vivemos uma fase da transição demográfica marcada pelo crescimento negativo da população, com uma notória queda na taxa de natalidade e alterações no mercado de trabalho. O conjunto de mudanças vivenciadas pelo país desde o início do século, ressalta uma constante preocupação com o planejamento e manutenção da família, haja vista as enormes dificuldades enfrentadas para isso.       O fenômeno do "Baby Boom" visualizado no pós guerra, marcou um momento histórico na formação das sociedades. Com a intensa propagação dos métodos contraceptivos, planejar um modelo ideal de família tornou-se possível para milhares de pessoas no mundo. Ademais, a inserção da mulher no mercado de trabalho intensifica a queda da natalidade e gera mudanças nos antigos moldes de família e comportamento.       Segundo dados da Organização Mundial da Saúde, cerca de 50% das gravidezes não são planejadas, fato que corrobora para o expressivo número de abortos praticados anualmente. A falta de informação aliada ao precário sistema de saúde brasileiro, intensificam as condições subumanas as quais uma parcela da população está sujeita, refletindo a necessidade de se planejar para que haja mudanças nesse cenário.       É fundamental, portanto, uma parceria entre governo, escolas e mídia, na qual esta, por meio de programas e propagandas, deve orientar e informar a população sobre o planejamento familiar consciente e os métodos anticoncepcionais que são oferecidos gratuitamente pelo SUS, a fim de ampliar e democratizar o acesso a esses recursos. Concomitantemente, o Ministério da Saúde, por meio de projetos sociais, deve atuar nas escolas promovendo palestras voltadas para os jovens com o intuito de mitigar os preconceitos com relação a tal assunto. Desse modo, poderemos vislumbrar um futuro melhor para as próximas gerações.