Desde que o Brasil deixou de ser uma país rural para se tornar um país urbano ter um filho parou de significar mais mão de obra para se tornar um investimento á longo prazo. Isso porque criar um filho nas grandes cidades possui um custo elevado e necessita de uma modificação grande nos hábitos familiares, o que mostra a importância de do planejamento familiar no país. Entretanto, grande parte da população brasileira ainda não encara isso como uma necessidade, é preciso mudar essa concepção. Primeiramente pode-se destacar a pressão social e a influência da religião na decisão da concepção. De acordo com o último levantamento do IBGE, o Brasil é o maior país católico do mundo e essa religião proibi o uso de métodos contraceptivos. Com isso é comum pessoas pessoas que escolhem esperar antes de engravidar sofrerem com criticas as suas escolhas devido a ideia de que a gestação é uma obrigação social. Outro ponto a se considerar é a falta de informação e meios que assola as classes mais baixas população. Segundo uma pesquisa feita pela Escola Nacional de Saúde Pública da Fundação Oswaldo Cruz, 55% da gestações não são planejadas. Esse número se deve principalmente devido ao desconhecimento de métodos que previnem a gravides e as dificuldades de acesso à eles, que apesar de serem garantidos pela lei, muitas vezes não são encontrados nos postos de saúde públicos. Isso mostra que a dificuldade do planejamento familiar está concentrada principalmente entre aqueles que não têm dinheiro. Fazem-se necessárias, portanto, novas medidas que exponham os benefícios de um planejamento familiar. É preciso que o governo federal aumente a verba destinada aos postos públicos para que assim o Ministério da Saúde tenha condições de disponibilizar métodos contraceptivos para todas as mulheres, sendo necessário também um apoio medico que oriente essas mulheres a escolher e usar o método que melhor funcione para elas. Desta forma, será possível alcançar uma sociedade com maior consciência acerca da decisão de ter um filho.