O planejamento familiar é um conjunto de ações que auxiliam as pessoas que pretendem ter filhos ou que desejam postegar essa decisão. No Brasil embora, seja assegurado pela Constituição Federal de 1988, o conservadorismo e as discrepâncias sociais impedem a execução plena desse projeto. Diante disso, faz-se necessário analisar medidas que mudem esse cenário. Em primeiro lugar, de acordo com Afonso Nazário professor da Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), a educação sexual é importante, pois esclarece duvídas e facilita a compreensão dos corpos pelos estudantes, sem que haja um incentivo as relações sexuais de forma precoce. Tal ponto é considerado impróprio para os conservadores, já que estes julgam jovens de 15 a 18 anos novos demais, para essa temática. Infelizmente, os tradicionalistas ao assumirem essa postura, ignoram os números elevados de gravidez e doenças sexualmente transmissíveis nessa faixa etária. Dessa forma, não discutir o problema só agrava a situação. Ademais, segundo o IBGE( Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) apenas 46,4% das mulheres sem instrução utilizam algum metódo contraceptivo; já as mulheres com ensino superior completo o número sobe para 69,7%. Assim, a relação anos de estudo e o uso de anticoncepcionais é direta, e além disso colabora para a perpetuação da miséria, da violência e da evasão escolar, visto que a perspectiva de vida é muito pequena para pessoas menos escolarizadas. Por fim, urge por propostas que visem findar esse ciclo vicioso, o qual é a raiz de problemas agudos no Brasil. Em síntese, o Estado e a sociedade civil devem trabalhar em conjunto para atenuar essa questão. A priori, o Ministério da Saúde deve por meios das escolas realizar palestras de educação sexual para alunos do ensino médio, e enviar o material trabalhado aos pais a fim de evitar controvésias quanto ao assunto que for trabalhado, e aumentar o acesso a informação. Ainda mais, ONG'S que apresentem como causa a natalidade e a prevenção dessa em parceria com a iniciativa privada, devem realizar a distribuição de métodos contraceptivos e material didático, principalmente em áreas mais pobres onde a informação é pouco difundida. Diante disso, a solução desse problema irá colocar o país nos trilhos do desenvolvimento efetivo.