Enviada em: 06/08/2018

O Brasil apresenta uma grande diversidade cultural, que o faz ficar nos primeiros lugares entre os países mais multiculturais. Porém, infelizmente, essa cultura é pouco alcançada pela população por conta de um sistema que não oferece chances de acesso através de sua etilização.      Em primeiro lugar, a comercialização da cultura apresenta-se como um meio de restrição. O acesso à livros e locais culturais sempre foi restrito a quem tem condições de pagá-los, e mesmo com a tecnologia, que tem muito contribuído nessa área, é fato que nem todos os brasileiros possuem este  meio, o que continua estabelecer uma divisão entre a população que tem essa parte de seus direitos garantidos e a que não tem. Segundo o IBGE, 10% dos mais ricos são responsáveis por cerca de 40% de todo consumo cultural do país, deixando evidente esta "cultura de elite".      Isto posto, somado à desigualdade social, o baixo investimento na área cultural reflete o descaso do Governo. Cidades pequenas e longes de metrópoles não oferecem centros culturais, de acordo com dados da UNESCO, 90%  dos municípios brasileiros estão nesse "abandono cultural'', sem salas de cinema, museus, teatros e afins, ou apresentam algum espaço mas com estruturas precárias ou sem funcionamento, o que contribui também para o desinteresse da população em frequentar esses locais.       Portanto, fica evidente o tamanho das barreiras que impedem o acesso democrático à cultura. É necessário então, que o Ministério da Cultura promova cursos gratuitos de artes, música, dança e teatro, visando atingir a maioria dos municípios. Assim como seria interessante criar-se leis, que estabeleçam um preço máximo para livros e entradas de cinemas/museus, e que estes sejam de acordo com as condições da maior parte da população. Não obstante, é papel do Governo investir nos espaços culturais, e também nos cursos, projetos e grupos já existentes, como de teatros por exemplo, que muitas vezes carecem de materiais para continuar promovendo a cultura.