Enviada em: 27/04/2017

Oswald de Andrade, escritor modernista brasileiro, dissera sabiamente: "A massa ainda comerá o biscoito fino que fabrico". No entanto, hoje, decepcionar-se-ia ao tomar consciência do número exorbitante de pessoas que não têm acesso a quase nenhuma manifestação cultural.  Desse modo, é necessário fornecer uma aproximação da sociedade à cultura , buscando sanar obstáculos que inviabilizam o acesso a ela.    Primeiramente, é essencial que haja o reconhecimento das manifestações como necessidade e direito do cidadão. A crença em que assuntos desse cunho diz respeito somente a intelectuais elitistas, desvincula o contato da população, principalmente camadas mais pobres, com as inumeras formas de arte existentes. Desse modo, o povo perde a oportunidade de conhecer obras que ilustram conquistas históricas e a identidade nacional.     É primordial pontuar que, além do reconhecimento da importancia da cultura, é imprescindível que existam meios eficazes que leve-a até as camadas desprivilegiadas. Ainda que tenham projetos públicos que buscam disseminá-la para os mais variados municípios, de acordo com o IBGE, 1.185 municípios nao têm bibliotecas públicas, outros 5.141 não possuem sequer uma sala de cinema , junto a isso , o alto preço cria um cenário catalisador que favorece a situações como a publicada pela  Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) que revelou que cerca 70% das pessoas nunca foi a um museu , teatro ou cinema.     Fica claro , portanto, que é mister fornecer incentivo e meios para que a civilização conheça e relacione-se com seu patrimonio. Desse modo cabe às escolas, juntamente com os professores de literatura e história destacar para os alunos a importância social que o conhecimento da cultura é capaz de exercer, despertando nos pequenos a vontade de ler e adiquirir sabedoria. O governo deve investir em estabelecimentos priados , como cinemas, teatros , exposiçoes , esses,  por sua ver, disponibilizariam ingressos mais baratos ou até mesmo grátis para familias mais pobres.