Enviada em: 28/04/2017

A dicotomia encontrada entre o etnocentrismo e o relativismo cultural define de que forma a nação atua. Pois, nessa seara, por muitos anos o Brasil sofreu uma aculturação que defendia o etnocentrismo, no qual, Portugal acreditava-se ter superioridade de cultura acima da colônia. Ao passar dos anos, e após a independência, o país ainda sofre com problemas no acesso ao acervo peculiar e vasto, seja através do teatro, museu ou artes plásticas, além disso, há disparidades gritantes nesse aspecto nas regiões.         Então, ao notar que a influência europeia e africana no Brasil criou a nossa identidade cultural é um fato. Nesse aspecto, houve regiões - Sudeste e Sul - que desde o período colonial tiveram acesso as bibliotecas e eventos artísticos que fomentavam um pensamento crítico e reflexivo na sociedade. E isto continua acontecendo, visto que a maioria dos entretenimentos, internet banda larga e importantes bienais, por exemplo, só pensam em divulgar em estados que tragam o retorno financeiro desejado, assim, deixam de lado pessoas que necessitam de um incentivo na cultura, pois através dela desenvolvemos grande parte da cognição.     Logo, observa-se que esse paradigma deve ser modificado na conjectura atual, para que pessoas que não têm acesso a sua própria história/patrimônio, muitas vezes em lugares inóspitos, sejam aproximadas desse importante papel fomentador. Por isso, muitas vezes esses indivíduos não desenvolvem habilidades que são julgadas necessárias para o ingresso no mercado de trabalho e consequentemente atrapalham o seu dia a dia, problemas esses que não afetam somente nesse aspecto, como também, infelizmente, o social e econômico do país.          Portanto, precisa-se de um país que forneça a seus cidadãos a aproximação com livros, através de aumentos das bibliotecas públicas, criação de oficinas de pintura, costura, através de apoio do Ministério da Cultura (MinC) em conjunto com a esfera municipal, através de orçamento direcionado a centros permanentes de construção do saber.