Enviada em: 01/05/2017

Desde o descobrimento do Brasil, os costumes da sociedade vem desenvolvendo-se. Primeiramente, pelo contato entre colonizadores portugueses e índios nativos, além de posterior interação com escravos africanos. Entretanto, apesar da grande miscigenação, ainda é possível encontrar situações onde só é considerada cultura aquela que é erudita ou cidadãos que não tem conhecimento do passado e tradições de seu próprio país.    Em primeira análise, é possível apontar que quando o filósofo chinês Confúcio afirma que a cultura está acima das condições sociais, corrobora que essa é a mesma para todos os níveis da população. Tal conjunto de manifestações não pode então, ser dividido entre erudito e popular. Entretanto, tal afastamento ainda pode ser encontrado, pois, ainda só é considerada cultura aquela que está nos museus e teatros. Dessa forma, muitas vezes, expressões artísticas, comportamentais e sociais de classes mais baixas são negligenciadas.    Por outro lado, também há brasileiros que não possuem acesso às exibições artísticas devido ao preço elevado ou pois esses não existem em seu município. Segundo o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA), 70% da população nunca foi a um museu ou centro cultural. Diante disso, é possível perceber que tal alienação ocorre, pois, a maioria desses espaços encontram-se em áreas metropolitanas e possuem um valor inacessível para grande parcela da sociedade.    Torna-se evidente, portanto, a necessidade do reconhecimento e democratização de todas as formas de manifestações culturais. Dessa maneira, é importante que o Ministério da Educação torne obrigatório aulas sobre cultura no ensino infantil, em conjunto com a criação de projetos em escolas e universidades de conhecimento dos diversos costumes existentes no Brasil. Outra atitude fundamental, é que o Ministério da Cultura, através do Poder Legislativo, exija por lei que todos os municípios contem com pelo menos um museu ou centro artístico de preço popular.