Enviada em: 03/05/2017

Entranhada desde o surgimento do homem, a arte evoluiu da rupestre até o cinema 3D na atualidade. Entretanto, no decorrer da história, houve a segregação do acesso à cultura entre o rico e o pobre, limitando, proibindo e surgindo um abismo de desigualdade entre eles.      Como forma de expor para a sociedade seus bens, vestimenta e família, a alta sociedade tornou costume a ida para teatros e eventos culturais. Todavia, tornando essa prática elitizada, a presença de negros e pobres era inexistente, e os mesmos, criaram outros meios de diversão, formando ao longo do tempo o desinteresse pelo acesso à cultura. De acordo com o Jornal Folha de São Paulo, 70% da população brasileira não apresenta o costume de ir a teatros e museus, sendo que 90% desses nunca foram a tais locais. Comprovando assim, a intensidade da problemática e sua necessidade por democratização.       Do mesmo modo, a persistência do acesso limitado a cultura no Brasil sobre domínio de poucos, é derivado de fatores que somam ao histórico e ganham destaque na contemporaneidade. Com preços elevados nos ingressos de teatros, museus, cinemas e galerias, o acesso de todas as classes sociais torna-se impossível e a justificativa dos empresários do ramo é a falta de patrocínio em tais eventos. Em análise sobre o assunto, segundo Milton Santos, "o capitalismo é irmão da segregação e pai da desigualdade", afirmando assim, o quanto ainda o sistema maquia o preconceito ao diferente, impedindo o livre o acesso tendo como justificativa o capital, sendo preciso a busca imediata por isonomia nesse meio.        Percebe-se, portanto, a inexistência de uma democratização na cultura brasileira, sendo preciso, urgentemente, seu surgimento. Para que haja a mudança, o governo, deve através da lei, criar e sancionar o "bolsa cultura", que como um cartão de débito, pode ser utilizado em cinemas, teatros, museus e galerias por pessoas de renda per capita de até um salário mínimo, permitindo que os mesmos tenham acesso a arte e entretenimento. Em auxilio, as escolas, devem tornar obrigatório o ensino de artes em todos os anos escolares, fazendo de forma dinâmica e interativa com que o interesse por esse meio entre os jovens aumente, criando prazer e apreciação pela arte do país e do mundo. Para efetiva mudança, ONG's, através da conscientização, expor para multinacionais e empresas brasileiras de grande e pequeno porte, a importância do patrocínio a cultura, sendo capaz de libertar e evoluir uma sociedade, no qual o acesso sendo de todos o progresso é em conjunto, inclusive da economia. Sendo assim, em um futuro não tão distante, exista uma nação no qual a cultura é de acesso a todos, sem distinção de renda, cor ou destaque social.