Enviada em: 29/05/2017

Cultura significa todo aquele complexo que inclui o conhecimento, a arte, as crenças, a lei, a moral, os costumes e todos os hábitos e aptidões adquiridos pelo ser humano não somente em família, como também por fazer parte de uma sociedade da qual é membro. Nesse contexto, a cultura está sempre em desenvolvimento, pois com o passar do tempo ela é influenciada por novas maneiras de pensar inerentes ao desenvolvimento do ser humano.     Em primeira análise, em 1985, no governo Sarney, nasce o Ministério da Cultura no Brasil, com a finalidade de valorizar o patrimônio material e imaterial do país. Desde então, torna-se mais fácil aproximar a população de seus costumes. No entanto, a democratização cultural ainda é bastante incompleta e desigual no território brasileiro, tanto pelo seu carente acesso físico, quanto pelo escasso acesso intelectual. Democratizá-la, em nosso país, é, então, valorizar todas as manifestações, não preterindo uma em razão de outra, garantindo que todos os grupos sejam contemplados. Nesse sentido, um país que deveria ser símbolo de variedade, de mistura de tons e costumes, acaba se resumindo a uma cultura monocromática, e o acesso, que já é pouco, fica prejudicado por uma falta de interesse dos próprios cidadãos.      Além disso, segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), apenas 13% dos brasileiros vão ao cinema alguma vez no ano; mais de 92% nunca foram a um museu ou exposição de arte e 78% nunca assistiram a um espetáculo de dança. Mais de 90% dos municípios brasileiros não possuem salas de cinema, teatro, museus ou espaços culturais multiuso e 73% dos livros estão concentrados nas mãos de apenas 16% da população. Sabe-se que é importante garantir o acesso à leitura, ao teatro, ao cinema. No entanto, é preciso, em primeiro lugar, que a população perceba a importância desses itens para a formação de um indivíduo. Possibilitar essa aproximação – o que tem sido pouco feito – sem criar essa consciência no povo brasileiro não é resolver, mas mascarar o problema da falta de democratização.      Torna-se evidente, portanto, que o processo de aproximação do povo brasileiro com seu patrimônio cultural está longe de acabar. Ainda há muito que ser feito e um bom caminho para essa aproximação seria os costumes de grupos desprivilegiados socialmente, tanto por parte do governo quanto da mídia e iniciativa privada, para divulgação e valorização das práticas e manifestações, por meio de programas de televisão, campanhas e até festivais temáticos. Ademais, criação de locais de estímulo ao contato dos jovens e adultos com o universo literário e cinematográfico. Por fim, o governo deve disponibilizar o transporte acessível para que todos possam chegar com facilidade e segurança nos eventos artísticos.