Enviada em: 07/06/2017

Karl Marx, pensador alemão, acredita que os indivíduos devem ser analisados de acordo com o contexto de suas condições e situações sociais, já que produzem suas existências em grupo. Nessa lógica, torna-se pontual compreender os caminhos gerados para que o acesso à cultura seja viável a todos. Isso significa que a desigualdade social e o menor investimento devido à falta de importância que as pessoas dão contribuem para a diminuição do ingresso da cultura na população.       Em primeira análise do problema, observa-se que no Brasil há evidência de demasiadas classes sociais, as quais causam atraso na generalização da cultura, pois as pessoas de condições financeiras mais baixas não têm em seus meios vivenciais a presença desses espaços. Essa questão é pertinente, uma vez que pequena parte dos indivíduos tem acesso regular à esses lugares, sendo preocupante, porque todos devem ter direito de frequentar, contudo, não possuem oportunidade. É indiscutível, então, que incremente esses espaços nas periferias com intuito de aumentar o acesso.       Outra razão fundamental para a consolidação desse tipo de pensamento, é o fato de que a cultura não é muito valorizada e por esse motivo há pouco investimento nessas áreas. Nesse caso, o equívoco ocorre no erro de se acreditar que os espaços culturais têm visibilidade e são relevantes, todavia, sabe-se que parte da sociedade prefere se ocupar com outras coisas a ir ao cinema, teatro ou as demais atividades nesse ramo. Diante desse quadro, não se pode adiar a conscientização da população sobre a importância da cultura na sociedade.       Portanto, o posicionamento assumido nessa discussão demanda duas medidas pontuais. A princípio, o Governo Federal, deve estabelecer como meta instalar bibliotecas, teatros públicos, escolas de dança e outros meios nas comunidades, com a intenção de fazer com que as pessoas que antes não tinham oportunidade passem a ter. A outra ação precisa ser fomentada pelo Ministério de Cultura, no sentido de intensificar a Lei Rouanet, que visa o incentivo à cultura, a fim de que a população comece a valorizar mais. Com esses direcionamentos, o indivíduo, como advoga Marx, irá coexistir contribuindo culturalmente no país, para o bem estar social.