Enviada em: 12/07/2017

Surgido na década de 40, o termo Indústria Cultural foi cunhado pela primeira vez por Theodor Adorno e Max Horkheimer,os autores depreciavam o modo de se criar arte como produtos mercantis, neutralizando o valor crítico das formas artísticas ,por não permitir a participação intelectual dos seus espectadores. Ao analisar o corpo social brasileiro, é perceptível uma semelhança com a temática dos alemães, uma vez que na coletividade moderna grande parte dos indivíduos estão desprovidos do acesso cultural ,muitas vezes em virtude de condições socioeconômicas coligado ainda a escassez de espaços físicos difusores de cultura e a  falta de incentivo.  Em primeira análise, é cabível enfatizar o pensamento de Confúcio ,filósofo chinês ,o qual retrata que a cultura está acima da condição social do indivíduo. No entanto, no Brasil hodierno essa ideia não é tão valorizada, fato comprovado por dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia Estatística, os quais inferem que 40% de todo o consumo cultural do país estão concentrados nas mãos da elite nacional.Nesse viés, a população em massa encontra-se desprovidas de teatros,cinemas e museus, contrapondo assim a concepção de igualdade entre todos os indivíduos garantidos pela Constituição.   Outrossim,é válido salientar que os poucos centros culturais existentes no país estão localizados em regiões específicas, logo, grande parte da população precisa-se deslocar grandes distâncias para ter acesso ao conhecimento.Conforme a teoria darwiniana da seleção natural, apenas os seres mais adaptados sobrevivem,os quais se encontram uma pequena parcela do corpo social. Em suma, nessa engrenagem capitalista as classes mais baixas ficam desprovidas e extintas da acessibilidade cultural.  Visando coibir esse quadro alarmante, portanto, torna-se imperativo que o Estado na figura da Receita Federal destine maior verba ao vale-cultura e a construção de espaços físicos em todas as regiões, principalmente as mais pobres,associado ao Ministério da Cultura para que mais famílias possam usufruir de seus direitos.Posteriormente,em parceria com a mídia, deveriam difundir também campanhas nos horários nobres de televisão, com o fito de incentivar a importância em conhecer e preservar a identidade nacional. Ademais,cabe ao Ministério da Educação  enfatizar conteúdos artísticos nas bases curriculares dos Ensinos Fundamental e Médio,pois conforme a lei newtoniana,um ser tende a permancer como está a não ser que uma força atue sobre ele.